Uma fé estrangeira
Os países comunistas da Ásia ainda oferecem muitas restrições às atividades religiosas. Grande parte dos cristãos protestantes são de etnias minoritárias que vivem em vilarejos isolados e pobres. Quando se convertem e abandonam as práticas tradicionais de adoração aos ancestrais, são pressionados pela comunidade e pela própria família. Em muitos casos, são expulsos de casa e do vilarejo, pois a fé cristã é considerada como parte do imperialismo americano que deve ser combatido.
Conheça Vuong
Por dois anos, Vuong (pseudônimo) teve sua casa apedrejada todos os dias. Os moradores de seu vilarejo no Vietnã o acusavam de abraçar uma fé americana. Ainda mais quando ele se recusou a oferecer adoração aos ancestrais.
Certa madrugada, a casa foi apedrejada por uma multidão em fúria. Vuong conseguiu fugir para a floresta com a esposa e dois filhos. Eles correram sem parar, carregando apenas as roupas do corpo e uma fé inabalável.
Quando conseguiu voltar para ver como estava a situação na aldeia, Vuong viu a própria casa ser incendiada sob a violência de um grupo de cerca de cem pessoas. Ele não pôde mais voltar. Vuong também perdeu o bom emprego que tinha no Partido Comunista quando descobriram que ele e o irmão eram cristãos.
Mesmo assim, Vuong considera tudo como perda, diante da experiência de ter a Cristo. Ele participou de um seminário teológico oferecido pela Portas Abertas e hoje reconhece: “Agora eu perdoo as pessoas que me perseguiram. Se eu não frequentasse o seminário, não teria entendido a palavra de Deus e teria caído em depressão. Embora eu tenha perdido tudo, sei que Deus é vida. No começo eu fiquei nervoso, mas agora não, pois a Bíblia nos ensina a nos submetermos às autoridades, amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem”, conclui.
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