Portas Abertas • 1 mar 2010
Neste ano teremos eleições no Brasil. Embora elas só aconteçam em outubro, todos os dias os jornais tratam do assunto, que, naturalmente, irá mobilizar cada vez mais a atenção de todos os brasileiros conforme o pleito se aproxime.
Os partidos governistas e os de oposição certamente trocarão as farpas habituais e, pode se esperar que haja debates mais ou menos acalorados entre eleitores de opiniões divergentes.
Enfim, em 2010, espera-se uma eleição “normal”, com mais ou menos entusiasmo por parte da população, com mais ou menos denúncias e até baixarias por parte dos candidatos, tudo exatamente como costuma acontecer em ano eleitoral.
No dia 7 de março próximo, os iraquianos terão eleições parlamentares. Lá, porém, as coisas são bem diferentes. Desde o início da Guerra do Iraque, em 2003, o país vive tentando se recuperar dos estragos provocados pelo conflito prolongado.
Violência pré-eleitoral
Não são raras as notícias que dão conta dos freqüentes atentados a bomba que, em geral, afetam mais a população civil. Milhares de pessoas tiveram de deixar suas casas, indo buscar abrigo em outros países. Um dos grupos mais afetados por este fenômeno é o de cristãos. Estima-se que desde 2003, mais um terço da população cristã iraquiana tenha saído do país em busca de condições mais tranqüilas de vida.
Com a proximidade das eleições, os cristãos voltam a ser vítimas preferenciais de extremistas e terroristas, especialmente na região de Mosul, norte do país. A agência internacional de notícias Reuters reportou o assassinato de cristãos, vinculando a violência diretamente ao período pré-eleitoral.
Não dá pra imaginar que fato semelhante ocorra no Brasil no decorrer deste ano. Nenhuma minoria corre risco simplesmente porque elegeremos um novo presidente. Nossos irmãos no Iraque, entretanto, vivem esse drama.
Orar por eles é algo que podemos e devemos fazer. No decorrer desta semana, peça ao Senhor que proteja os cristãos iraquianos de todo mal. Peça também a Ele que levante naquele país um governo capaz de promover a paz e a justiça para todo aquele povo, tão sofrido pelos vários anos de conflito.
Cristina Ignacio
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