2017: um ano de exemplos de fé

Viver pela fé é uma das características mais marcantes dos cristãos perseguidos. Neste fim de ano, aprenda mais com os testemunhos deles e edifique a sua fé 

Portas Abertas • 31 dez 2017


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Pode-se pensar que falar da Igreja Perseguida é falar apenas de dor. Tal ideia é errônea e pode impedir o envolvimento com a parte da igreja que não desfruta da mesma liberdade que nós. Acima de tudo, falar da Igreja Perseguida é falar de fé. Uma das lições mais preciosas que aprendemos com os cristãos perseguidos é como viver pela fé. Durante este ano de 2017, vimos várias histórias que compravam este fato. Você pode agora reler algumas das mais marcantes, que certamente renovarão sua fé para mais um ano na caminhada com Cristo. 

Sudão
"Eu sabia que Deus estava comigo" 

Merian Ibrahim, que foi presa em seu país por acusações de apostasia, se tornou mundialmente conhecida. A cristã não foi liberada nem mesmo para dar à luz a filha, e chegou a ter o bebê no corredor da morte. Ela só não foi executada porque tinha o direito de amamentar durante dois anos. 

“A situação era difícil, mas eu tinha certeza de que Deus estava ao meu lado. Eu não perdi a minha fé e sabia que Deus ficaria ao meu lado em qualquer momento. Eu sabia que Deus iria me ajudar, que Deus sabia que eu era uma vítima. É o meu direito praticar a religião que eu escolher”, disse a cristã. 

Síria
“Eles ainda conseguem erguer as mãos para o céu” 

Um dos grandes exemplos de fé veio da Síria, país que enfrenta a guerra contra o Estado Islâmico há seis anos. Os cristãos que permanecem no país são instrumentos nas mãos de Deus, mostram que nossa esperança nele nunca é frustrada.

“É a fé em Cristo que os mantém firmes e perseverantes. Muitos passam por situações extremas e ainda conseguem erguer as mãos para o céu e agradecer. Apesar de tudo, eles ainda são fortes”, comentou um colaborador da Portas abertas.

Iraque
Noeh entregou a petição e bolinhas de gude à ONU 

Uma das histórias mais marcantes do ano foi a volta de cristãos iraquianos para casa após o conflito com o Estado Islâmico. Nesse contexto, o menino Noeh, de 12 anos, foi o portador da petição Um Milhão de Vozes de Esperança à ONU. Em 2014, ele e sua família fugiram dos ataques do Estado Islâmico em sua cidade, Karamles, e se refugiaram em um campo de deslocados internamente em Erbil. Ali, Noeh frequentou uma escola para crianças refugiadas. Ele e a família nunca perderam a fé, apesar de todo medo, insegurança e perdas que enfrentaram. 

“Eu fico muito triste com tudo que aconteceu. Quero muito voltar para minha casa e permanecer no meu vilarejo. Esta é nossa terra”, disse Noeh que, junto com a petição, também entregou à ONU algumas bolinhas de gude chamuscadas. São bolinhas que ele achou na primeira visita ao seu vilarejo, nos escombros do que antes era seu quarto.

México
A liberdade está em Cristo 

Até mesmo no México cristãos são perseguidos pela fé. É o caso do pastor Leopoldo e família. Após anos de perseverança em meio à perseguição, ele foi agredido e levado preso em condições desumanas. O pastor Leopoldo e a esposa, Sílvia, estiveram no Brasil este ano e contaram inúmeros testemunhos da soberania do Senhor em meio às dificuldades. 

“Nunca me senti abandonado por Deus, porque sabia que a igreja estava orando por mim”, afirma Leopoldo. 

Ásia Central
Um grande exemplo de fé 

Jamilya* é uma cristã da Ásia Central que foi traída pelo próprio marido, que fingiu ter aceitado a Cristo para revelar os trabalhos da igreja secreta à polícia local. Depois disso, ela pediu o divórcio e teve que ir embora com o filho. Nos últimos dois anos, ela e o filho tiveram que viver com um de seus irmãos que é muçulmano, que a chamava de “cristã perdedora”.

“Eu ainda não consegui pagar a multa e isso significa que posso ser presa a qualquer momento. Além disso, eu sou vigiada por policiais. Mesmo assim, continuo servindo a Cristo e ainda lidero um grupo secreto de oração”, testemunha. “A fé de Jamilya é um lindo exemplo para muitos cristãos que temem as provas e as dificuldades da vida”, disse a esposa de um líder cristão local.

Laos
Eles preferiram a fonte de água viva

No Laos, os membros do povo Bru que se converteram a Cristo foram impedidos de tirar água dos poços construídos pelo governo. A ordem das autoridades era que os cristãos renunciassem a fé para obter água de graça. Mas eles preferiram a “fonte de água viva”, não desistindo de Jesus e tiveram tanto a sede espiritual quanto a física saciadas. 

“Antes ficávamos doentes por causa da água da lagoa e nossos filhos tinham problemas de estômago. Mas Deus mostrou que está ao nosso lado e agora temos água limpa”, disse Nad*, um líder cristão. Ele também conta que a novidade do poço levou muitas pessoas a conhecerem os cristãos ex-brus e que tiveram a oportunidade de ouvir sobre Cristo e logo se converteram. “Através do poço nos tornamos um testemunho da bondade de Deus para os aldeões daqui”, conta.

Eritreia
Testemunho de um irmão eritreu

Tesfai* é um cristão eritreu que ficou cinco anos preso por causa da fé cristã. Seus pais foram visitá-lo e pediram para ele voltar atrás. Sua mãe chegou a ameaçar suicídio, mas ele permaneceu firme.

“Agradeço a Deus por me dar a graça de resistir a essa pressão esmagadora. Não foi nada fácil. Mas Deus me fortaleceu. Eu sentia as forças do mal trabalhando por meio das autoridades prisionais. Suportei torturas, mas quando voltávamos à cela, orávamos e cantávamos juntos”, relatou.

*Nomes alterados por segurança.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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