Portas Abertas • 14 abr 2018
Parentes das vítimas
Cerca de metade das 246 meninas sequestradas do Chibok, no estado de Borno, na Nigéria, ainda continuam cativas. O sequestro aconteceu em 14 de abril de 2014, quando 275 meninas estavam reunidas para fazer uma prova na Escola Estadual de Segundo Grau, onde estudavam. Os pais se referem a 112 ainda sequestradas, porém outras fontes dizem que há 122 meninas desaparecidas. Os números são sempre conflitantes. Em visita recente à cidade, colaboradores da Portas Abertas puderam, mais uma vez, conversar com os pais delas.
Duas filhas do pastor Ayuba Muta estavam entre as meninas sequestradas. Mas só uma foi liberta até agora. “Eu fiquei muito preocupado com a possibilidade de nunca mais ver minhas filhas. Até que a Portas Abertas veio e nos aconselhou. Eu me senti muito confortado e comecei a entregar todas as coisas a Deus. Até que um dia umas das minhas filhas foi solta. Eu creio em Deus que um dia minha outra filha também será, e peço aos irmãos de todo o mundo que continuem a orar por nós”, diz o pastor.
Yakubu Nkeki Maina, representante dos pais do Chibok, que recebeu sua filha de volta, diz: “Embora algumas de nossas filhas estejam de volta, não podemos celebrar na frente dos pais cujas filhas ainda estão desaparecidas. Temos que levar a cruz juntos e manter a fé e a esperança de que vamos celebrar juntos quando todas as meninas forem libertas. Alguns pais estão perdendo as esperanças de que terão suas filhas de volta”.
Conversamos com várias mães que não conseguem dormir e oram incessantemente pelo retorno das filhas. Todas elas pedem à igreja livre que orem por elas até que todas voltem. Esses pais e mães das meninas sequestradas (em sua maioria cristãs) viajaram mais de 300 quilômetros para visitar os pais das 110 meninas sequestradas em Dapchi (em sua maioria muçulmanas), em fevereiro. Yana Galang, a líder das mães do Chibok, disse à mídia local: “Queríamos compartilhar com eles nossa experiência em levar a vida como pais que passam pelo trauma de ter suas filhas nas mãos do Boko Haram”.
A maioria das meninas do Chibok libertas agora estuda em outra cidade, Yola, no estado de Adamawa. A maioria delas foi batizada depois da libertação, mostrando publicamente que querem continuar caminhando com Jesus. Outras que escaparam ou foram libertas logo após o ataque foram para os Estados Unidos continuar os estudos. Um grupo de 24 meninas recebeu bolsa de estudos na Universidade Americana da Nigéria.
Através de parceiros locais, a Portas Abertas tem caminhado com os pais do Chibok nesses quatro anos de cativeiro das filhas. Oferecemos aconselhamento pós-trauma e também ajuda financeira para medicação e alimento. Também organizamos campanhas de cartões para eles. Maina, o representante dos pais, expressa sua gratidão: “Deus usou vocês para mudar nossa história. Temos visto o resultado de suas orações”.
Pedidos de oração
Leia mais
Libertada mais uma menina do Chibok
Mais meninas do Chibok voltam para casa
42 meninas sequestradas pelo Boko Haram se formam
Mais 82 meninas de Chibok foram libertadas
Leia também
As 104 meninas libertas pelo Boko Haram voltam para casa
350 cristãos mortos em ataques de fulanis só este ano
Um grande sorriso no rosto, apesar da dor
© 2024 Todos os direitos reservados