Portas Abertas • 17 jul 2020
Os cristãos estão sujeitos à COVID-19 por causa das instalações insalubres das cadeias na Eritreia
Desde abril, pelo menos 45 cristãos foram presos em Asmara, capital da Eritreia. As primeiras 15 pessoas foram detidas enquanto participavam de um culto doméstico. Elas foram levadas para a delegacia e depois se dirigiram para a prisão de Mai Serwa. Os 30 outros seguidores de Jesus foram presos durante uma cerimônia de casamento na última semana de junho.
Segundo a associação Christian Solidarity Worldwide, o governo pode mascarar as verdadeiras razões das prisões utilizando a COVID-19 como desculpa, já que os réus teriam violado as medidas de restrições durante a pandemia. “Mas a reação é muito pesada. Por que detê-los em tais condições; por que não multa ou aviso?”, expressou Berhane Asmelash, diretor da Release Eritreia.
Território da COVID-19
O país, que é o 6º colocado na Lista Mundial da Perseguição 2020, possui uma lei que permite apenas a existência de igrejas ortodoxas, católicas e luteranas. Qualquer outra denominação não pode funcionar abertamente. Durante a crise da COVID-19, a situação dos presos cristãos ficou ainda mais crítica, já que as condições nas cadeias são precárias. De acordo com Asmelash, as 48 mil pessoas que cumprem pena não recebem alimentação e as famílias estão proibidas de levar comida para os réus.
A organização de direitos humanos Red Sea Afar relatou casos em que as entregas de alimentos foram proibidas pelas autoridades e os insumos confiscados. Também informou o fechamento das instalações hospitalares na região sul do país, que afetou ainda mais a população, já castigada pelo encerramento das clínicas e hospitais administrados por cristãos em junho de 2019.
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