Portas Abertas • 2 abr 2015
As forças de segurança chegaram a isolar os atiradores em um dormitório na Universidade de Garissa, onde os cristãos foram mantidos reféns. Segundo a polícia, o cerco ao local terminou com a morte dos quatro autores do ataque.
No meio da tarde, já se somavam mais de 80 feridos, alguns gravemente, atingidos com tiros de fuzis. As operações de cerco à universidade duraram mais de 11 horas e todos os reféns foram resgatados com vida.
O grupo extremista islâmico Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, emitiu uma nota assumindo responsabilidade pelo ataque. Sediados na Somália, os terroristas do Al Shabaab frequentemente cruzam a fronteira para realizar atentados no Quênia. A cidade de Garissa, onde fica a universidade atacada, está localizada a 200 quilômetros da Somália.
Um porta-voz do grupo radical, Sheikh Ali Mohamud Rage, em uma ligação telefônica à agência France-Presse, afirmou que a ação é uma vingança contra a intervenção de tropas do Quênia na Somália. ""O Quênia está em guerra com a Somália, nosso povo continua lá, eles estão lutando e sua missão é matar os que são contrários ao Al Shabaab"", disse, referindo-se à ação conjunta de países africanos para combater os terroristas.
Em 2014, pelo menos 200 pessoas morreram e centenas ficaram feridas no Quênia em ataques reivindicados pelo Al Shabaab. As regiões do Quênia situadas na fronteira com a Somália, e em particular as áreas de Mandera e Wajir, assim como a de Garissa, são cenários frequentes de ataques do grupo. O ataque de maior impacto reivindicado pelos terroristas somalis foi a invasão, em setembro de 2013, do shopping Westgate em Nairóbi, que terminou com 67 mortos.
A Somália, país de origem do Al Shabaab está na segunda posição na Classificação da Perseguição Religiosa e o Quênia, em 19ª posição.
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