Portas Abertas • 8 abr 2015
Tribunais "Kadhi" permitiriam que muçulmanos impusessem o casamento, divórcio, herança e direitos familiares em suas comunidades de acordo com a crença islâmica, e seus vereditos seriam reconhecidos oficialmente pelos tribunais do país.
O presidente da Tanzânia, o muçulmano Jakaya Kikwete, disse que os tribunais "Kadhi" iriam julgar apenas questões islâmicas específicas; não receberiam nenhum financiamento do Estado; e os tribunais seculares permaneceriam superiores a eles. No entanto, alguns líderes cristãos dizem que tal medida prejudicaria o estado secular do país.
As tensões entre muçulmanos e cristãos têm aumentado frente a um referendo constitucional previsto para o final de abril, disse Kikwete, que alertou contra a intervenção de líderes religiosos na política, dizendo que isto poderia estimular a violência.
A população da Tanzânia é de 45 milhões, dividida igualmente entre muçulmanos e cristãos. O país está na 33ª posição da Classificação da Perseguição Religiosa.
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