Portas Abertas • 8 abr 2016
Muitos querem que todos os cidadãos do país se submetam as leis islâmicas (foto representativa)
Uma organização militante islâmica declarou publicamente que não reconhece o governo atual do Paquistão como um sistema de liderança e que não se submete a ele. Jamaat al Dawa, conhecido também como JDQ, que é uma organização paquistanesa que trabalha no combate ao terrorismo, é considerado um grupo extremista. “O sistema de governo do Paquistão é muito perigoso, porque há uma distorção dos valores do sistema judicial secular e do religioso, que acarreta sempre no preconceito contra as minorias, atingindo principalmente os cristãos", comenta um analista de perseguição.
Conforme o analista, a islamização foi institucionalizada. “Eles levantam a bandeira do Paquistão como um país islâmico, enfraquecendo o sistema judicial secular e criando sistemas semelhantes, só que paralelos. É uma guerra política dentro do próprio governo, eles estão atacando o sistema judicial que está em curso e a própria Constituição do país, que até agora tem resistido à implantação da sharia. Mas até quando? Há muitas condenações injustas que são realizadas sob a sombra das organizações extremistas islâmicas ilegais”, diz ele.
Enquanto o governo faz de tudo para não contrariar a sharia ou o alcorão, a perseguição religiosa cresce no Paquistão, o 6º país da Classificação da Perseguição Religiosa atual, onde cristãos são presos, agredidos, sequestrados e até mortos. Leis de blasfêmia são frequentemente aplicadas de forma abusiva e por causa dos recentes ataques, uma alteração precipitada da Constituição, reintroduziu a pena de morte e a criação de tribunais militares especiais para os casos ligados ao terrorismo. “Os cristãos paquistaneses precisam muito de nossas orações, pois estão sofrendo todo tipo de ataque. Eles intercedem especialmente pela Asia Bibi, que continua presa e vive um dos seus piores momentos”, conclui o analista. Ore por essa nação.
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