Portas Abertas • 28 set 2020
A pontuação da violência no mesmo período está muito estável, porém, com nível extremo, visando cristãos
A Nigéria é um gigante na África repleto de problemas complicados. Devido ao seu tamanho e recursos humanos e naturais, tem potencial para ser uma força enorme no continente. No entanto, a instabilidade política, a insegurança e a corrupção desenfreada que caracterizaram o país durante décadas ainda persistem e enfraquecem a Nigéria consideravelmente. A média de pressão aos cristãos na Nigéria está em um nível muito alto de 12,7, a mesma pontuação do ano anterior.
Todas as esferas da vida pontuaram acima de 11 pontos, sendo que o máximo é 16,7, por isso considera-se que a pressão está em um nível muito alto em todas elas. O índice é mais alto na comunidade (13,4) e a pontuação para violência está na pontuação máxima possível (16,7), a mesma comparada ao ano anterior.
A perseguição aos cristãos tem sido estável, porém se mantém em um nível muito alto, com os níveis mais altos nos períodos de análise de 2019 e 2020. A comunidade tem marcado 13 pontos ou mais. Embora as diferenças sejam limitadas, principalmente entre comunidade, nação e igreja, o que é um reflexo de que a perseguição aconteça em comunidades locais onde atores não estatais têm um papel-chave.
A média de pressão tem sido consistentemente muito alta, marcando acima de 12 nos últimos cinco anos, chegando a 12,7 nos dois últimos períodos. A pontuação da violência no mesmo período está muito estável, porém com nível extremo, visando cristãos. Nos últimos três anos o país teve pontuação máxima em violência.
A perseguição para homens e mulheres
Meninas e mulheres com frequência são sequestradas e sujeitas a assédio e violência sexual. Essa tem sido uma prática comum de grupos radicais islâmicos, como Boko Haram e pastores de cabra fulanis. Muitas são forçadas a se casar com não cristãos. O fato de no país existir leis que permitem casamento de menores em alguns estados, assim como a existência de normas culturais e religiosas que desencorajam meninas a irem à escola, apenas contribuem para o problema.
A perseguição de mulheres e meninas tem um efeito negativo nas igrejas e famílias cristãs. Além das grandes consequências emocionais e o custo social de tal perseguição, em algumas comunidades, onde viúvas são as provedoras da família, isso também afeta o bem-estar econômico da comunidade.
Já homens e garotos cristãos são alvos com frequência, especialmente no nordeste do país, onde o Boko Haram atua. Muitos são atacados, sequestrados e forçados a se unir a grupos militantes. Tais ataques têm efeitos devastadores nas igrejas e famílias cristãs.
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