Portas Abertas • 30 jun 2020
A pressão aos cristãos se tornou mais forte em todas as esferas da vida e para todos os tipos de cristão
Com um total de 60 pontos, a Indonésia se classificou em 49º na Lista Mundial da Perseguição 2020, com queda de 5 pontos comparado ao ano anterior. Isso é devido ao fato de que não houve morte de cristãos, nem ataques suicidas a igrejas cristãs foram relatados. Apesar disso, de acordo com as autoridades, ataques foram impedidos. De qualquer forma, isso resultou em uma queda na pontuação da violência em 5,5 pontos.
A média de pressão aos cristãos no Indonésia está em um nível alto, aumentando em um ano de 10,5 para 10,7. A pressão é mais forte nas esferas da comunidade e família, seguidas de perto pela vida privada. Esse padrão é típico em situações onde cristãos ex-muçulmanos são mais perseguidos.
No período de análise da Lista Mundial da Perseguição 2020 (1 de novembro de 2018 a 31 de outubro de 2019), a pontuação para violência foi quase diminuída pela metade, voltando para o nível “normal”, próximo à marca de 6,5 pontos. A pontuação foi de 12 no ano anterior devido ao ataque suicida contra três igrejas em Surubaya, em maio de 2018. A alegação feita pela polícia é que ataques posteriores às igrejas foram impedidos, servindo como um lembrete de como a situação permanece volátil.
A média de pressão aos cristãos tem se arrastado a cada ano e permanece em um nível alto. Nos últimos cinco anos, a pressão aos cristãos na Indonésia aumentou em todas as esferas da vida, de forma mais notável na vida privada, família e nação. O aumento nos pontos na nação ao longo dos anos reflete como grupos radicais islâmicos estão crescendo em influência e as leis de blasfêmia estão sendo rigidamente implementadas contra as minorias cristãs. Nos últimos três anos, as pontuações na família, comunidade, nação e igreja se estabilizaram, permanecendo mais ou menos estáveis nos respectivos níveis alto ou muito alto.
Além disso, a Indonésia enfrenta tempos decisivos pela frente. O fato que a afiliação étnica e religiosa tem sido usada para ganho político sem preocupação para as consequências, tem chocado muitos indonésios e prejudicado significativamente a imagem internacional do país de contribuir para uma marca tolerante do islamismo. A radicalização continua e é cada vez mais realizada on-line. Escolas, universidades e as autoridades têm dificuldades para encontrar um antídoto contra isso. Anies Rasyid Baswedan iniciou no cargo de governador de Jacarta em 16 de outubro de 2017 após uma campanha eleitoral “suja” que levou seu predecessor e oponente cristão à prisão. Ele está apontado para concorrer como candidato nas eleições presidenciais de 2024, mas precisa ganhar credenciais governando bem Jacarta primeiro.
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