Portas Abertas • 6 out 2020
Os cristãos perseguidos no Sudão precisam ter entendimento dos princípios bíblicos da perseguição
Na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2020, o Sudão se classificou em 7º lugar, com 85 pontos. Nos períodos de análise das listas de 2017 a 2019, a pontuação foi 87. Uma das principais razões pela qual o país caiu dois pontos foi a mudança na situação do país durante a segunda metade do período de análise, causada pela população sudanesa que focou nos protestos contra o governo de al-Bashir.
O extremismo islâmico no país está enraizado na ideologia da Irmandade Muçulmana, defendida pelo fundador do partido que está no poder, Hassan al-Turabi, que ajudou o presidente al-Bashir a consolidar seu poder durante um golpe, em 1989. O governo sudanês não tem trabalhado apenas para formar um Estado islâmico às custas de outros grupos religiosos no país, mas também é acusado de apoiar militantes islâmicos radicais nas últimas três décadas.
A primeira vez que os Estados Unidos rotularam o Sudão como um Estado que financia o terrorismo, em 12 de agosto de 1993, foi por, conhecidamente, abrigar terroristas locais e internacionais e permitir que o país fosse usado como ponto de passagem para terroristas e armas. Osama Bin Laden esteve lá antes de se mudar para o Afeganistão, por exemplo.
A maioria esmagadora da população no país é muçulmana sunita. Após 30 anos vigorando no Sudão, a lei que punia com morte as pessoas que deixavam o islã foi revogada. Apesar disso, a pressão aos cristãos em quase todas as esferas da vida é muito alta - com frequência extrema - e tem aumentado nos últimos anos. A pressão parece estar estável em um nível extremo nas esferas igreja e nação. Essa é uma indicação de que a perseguição no Sudão tem tipicamente a igreja como alvo, com o governo exercendo o principal papel. Também reflete as políticas restritivas e o sentimento anticristão projetado pelo governo.
A média de pressão aos cristãos no Sudão está no nível extremamente alto de 15 pontos. Ela é mais forte na igreja, o que reflete o quanto o governo de al-Bashir estava continuamente alvejando a igreja no país de diversas formas, seguido pela nação, um indicativo que os cristãos não desfrutam de igualdade com muçulmanos no país. A pontuação para violência passou de 10,6 para 10,4.
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