A sobrevivência de cristãos na Coreia do Norte

Fome e perseguição são fatores enfrentados com intensidade por norte-coreanos que decidem permanecer fiéis a fé cristã

Portas Abertas • 8 nov 2018


A fome atinge norte-coreanos de todas as idades, incluindo as crianças, que atingem altos índices de raquitismo

A fome atinge norte-coreanos de todas as idades, incluindo as crianças, que atingem altos índices de raquitismo

Como seria viver em um lugar onde não há comida para sobreviver? Joo Eun*, uma mulher norte-coreana de meia idade que agora vive na Coreia do Sul, respondeu a essa pergunta. Ela quase não resistiu a fome dos anos 90 na Coreia do Norte, quando milhões de norte-coreanos morreram. “Um dia a distribuição de comida simplesmente parou. O governo nos disse para irmos à montanha, arrancar grama e fazer sopa com um pouco de sal. Tinha um sabor realmente horrível, muito amargo”, conta.

Após a mãe morrer de fome, Joo decidiu ir para casa de uma tia, que vivia em Pyongyang. Os tios estavam dispostos a compartilhar a comida por um tempo. Porém um dia, o irmão de Joo apareceu lá. “Eu fiquei chocada quando o vi. Seu estômago estava completamente inchado com a fome”. Ele tinha sido agredido várias vezes por pensarem que era um ladrão.

Joo não tinha permissão para deixá-lo entrar na casa e foi instruída a levar ele para a estação de trem, de onde eram recolhidos os corpos dos mortos. “Ele nem estava morto ainda, mas eu tinha que obedecer a minha tia ou eles me colocariam para fora também. Aquilo significaria minha morte. Eu me senti tão impotente”, disse. Então ela o colocou em um carrinho de mão e o deixou na estação. Sentou-se a uma certa distância e esperou. Às 3h da manhã, seu irmão morreu em um frio congelante. Pouco tempo depois, Joo fugiu para a China e, depois foi para a Coreia do Sul.

Apesar da fome ainda ser um inimigo presente, a situação não é como na década de 90. A circunstância é agravada pela recusa do regime em receber ajuda de organizações internacionais e garantir acesso à áreas mais afetadas. Além disso, os cristãos ainda enfrentam perseguição severa por causa da fé em Cristo. Por isso, a Portas Abertas oferece programas de auxílio para os cristãos norte-coreanos. Entre eles está o “Comida para Vida”, que garante comida, medicamentos, roupas e ajuda emergencial.

Ajude cristãos a sobreviverem
Projetos como esse permitem que cristãos norte-coreanos saibam que não estão sozinhos nessa batalha. Com a sua doação, você permite que um cristão refugiado da Coreia do Norte receba comida, remédios e roupas através da nossa rede de parceiros na China. A estimativa é que, em dois anos, 61 mil pessoas sejam beneficiadas. Ajude a mudar a realidade de nossos irmãos perseguidos. 

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A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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