Portas Abertas • 16 mai 2019
Trabalhadores norte-coreanos enviam parte de seus salários para o governo de Kim Jong-un (foto representativa)
De acordo com uma investigação da rede de notícias BBC, cerca de 150 mil norte-coreanos ganharam autorização para trabalhar no exterior, em países como China, Rússia e Polônia. Ao trabalhar em solo estrangeiro, os norte-coreanos precisam enviar parte de seus salários para o governo de Kim Jong-un. Esse valor, equivalente a cerca de 520 dólares por mês, é cobrado há anos. Quem não consegue pagar, precisa voltar para o país.
O trabalho dos norte-coreanos que atuam no exterior chega a render aos cofres públicos cerca de 1 bilhão de dólares, segundo estimativas da BBC. Mas sanções das Nações Unidas exigem a volta dos norte-coreanos para seu país de origem. O Conselho de Segurança avaliou a condição dos trabalhadores, considerando a situação extremamente precária.
Apenas na Rússia, há cerca de 8 mil imigrantes norte-coreanos empregados em todo o país. Destes, mais de 85% atuam no setor da construção civil. Os demais estão envolvidos na indústria têxtil, agricultura, extração de madeira, alimentação e medicina tradicional.
Já habituados com a pobreza, a vida dos norte-coreanos no exterior é muito melhor que em seu próprio país. Apesar de receberem apenas 40% do que um russo ganha e mesmo sendo obrigados a entregar parte do salário para o governo, ainda assim o que resta é mais do que eles ganhariam na Coreia do Norte.
Ajude os norte-coreanos
Mesmo para os norte-coreanos que conseguem fugir de seu país, a vida continua sendo muito difícil. Alguns cristãos refugiados na China chegam a passar fome. Mas você pode ajudar a mudar essa realidade. Com uma doação, um cristão da Coreia do Norte receberá comida, medicamentos e roupas.
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