Portas Abertas • 16 ago 2020
O pastor Joshua Hilmy e a esposa dele, Ruth Sitepu, estão desaparecidos desde novembro de 2016
O caso dos desaparecimentos do pastor Joshua Hilmy e da esposa Ruth Sitepu foi reaberto no dia 12 de agosto. Uma nova caixa de documentos foi submetida ao inquérito público da Comissão de Direitos Humanos da Malásia (Suhakam). Dentre as novas provas estão certificados, cópias de e-mails e fotografias.
Os documentos do casal cristão estavam sob a responsabilidade de Josiah Peter, uma das primeiras testemunhas do caso. Mas não foram entregues no início das investigações porque Peter temia incriminar os líderes cristãos. “Eu não tinha certeza se deveria entregá-los à polícia, pois não sabia se eles manuseariam os documentos adequadamente, mesmo sabendo que o pastor e a esposa dele estavam envolvidos em atividades religiosas”, explica.
Josiah e a irmã viviam com o casal desaparecido e foram os primeiros a notar a ausência deles, em novembro de 2016. Quando os irmãos mudaram de residência em 2017, levaram a caixa e guardaram em segurança. Mas ao ler alguns papéis e e-mails, perceberam que o pastor poderia estar sendo ameaçado por causa do trabalho cristão. Entre os remetentes suspeitos estava uma pessoa que se passava por um político da Malásia, Khairy Jamaluddin, que já teve ligações com o líder cristão. Mas o acusado negou qualquer interação com Hilmy.
Em um dos e-mails, a pessoa dizia: "Não me culpe se você for pego por eles. Já cumpri meu dever de informar". O remetente também pediu ao pastor que repensasse com cuidado sobre a fé e avisou que uma atitude negativa poderia até mesmo ameaçar a vida de Hilmy.
Novidade sobre o caso do pastor Raymond Koh
Casos de desaparecimento de líderes cristãos estão se tornando mais comuns na Malásia. O pastor Raymond Koh foi sequestrado em fevereiro de 2017 e também tem o caso investigado pela Suhakam. A esposa dele, Susanna Koh, iniciou um processo contra o governo da Malásia. A primeira audiência aconteceu em novembro de 2019. Na ocasião ela afirmou: "A polícia teve muitas objeções às nossas reivindicações. E os advogados responderam com uma declaração de defesa de 20 páginas. A próxima avaliação do caso será em 20 de setembro. Se tudo correr bem, iremos para o pré-julgamento".
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