Portas Abertas • 1 jun 2015
Segundo estimativas, o cultivo da Colômbia cresceu 39% durante 2014 para 112 hectares, o que equivale a uma produção de drogas de 245 toneladas. O InSight Crime acredita que essas estimativas embora altas, são ainda subestimações da verdadeira quantidade de cocaína produzida anualmente na Colômbia.
A principal razão para o crescimento dos cultivos de coca, de acordo com essa organização, é o crescimento do controle da produção pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, e sua persuasão aos agricultores locais para estarem envolvidos e se oporem aos programas de erradicação.
De acordo com Dennis, analista de perseguição da Classificação da Perseguição Religiosa, “o crescimento do controle da produção de coca pela FARC’s é motivo de preocupação em diversas frentes. Isso certamente pressionará ainda mais o processo de paz entre o governo colombiano e as guerrilhas, no qual o comércio de drogas é um elemento importante. Se um acordo de paz é negociado, os agricultores esperam um benefício pós-conflito para abandonarem a produção. Há também um grande risco de que os comandantes das FARC de médio escalão irão “criminalizar” e mudar o tráfico de drogas para tempo integral. E se as conversas de paz se romperem, o dinheiro vindo do tráfico de drogas fortalecerá as FARC e incentivará a guerra entre guerrilhas. Em qualquer cenário, a paz ainda está muito longe. Para os cristãos esta é uma má notícia, porque significa que provavelmente a corrupção organizada se tornará uma terrível fonte de perseguição no futuro”.
Cristãos que se opõe a este sistema são perseguidos porque sua presença na sociedade é uma alternativa de vida diferente da que tráfico oferece. Seu testemunho é tão forte que reflete em toda a sociedade e na política da região. Muitos deles foram desalojados e moram em campos de refugiados ou abrigos, em extrema pobreza. Os outros cristãos vivem em áreas de conflito controlados por grupos armados ilegais.
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