Portas Abertas • 16 set 2019
Ore pela família de Jennifer (ao centro, ao lado dos pais) e tantas outras famílias cristãs na Nigéria afetadas pela ação de extremistas islâmicos
Em abril de 2014, 276 meninas foram sequestradas pelo grupo Boko Haram de uma escola secundária no vilarejo de Chibok, na Nigéria. A maioria delas era cristã e 112 continuam desaparecidas, para angústia dos pais. No entanto, relatórios mostram que o sequestro de Chibok é apenas a ponta do iceberg. Muitas outras adolescentes da mesma região são raptadas de suas casas, abusadas física e psicologicamente, convertidas forçadamente ao islamismo e, frequentemente, casadas com homens muçulmanos mais velhos, de forma aparentemente impune.
Blessing Azumi, de uma família cristã do estado de Kaduna, foi sequestrada em 2016 e obrigada a se converter ao islamismo. Após 21 dias, ela foi libertada com a ajuda da polícia. No entanto, os sequestradores voltaram para matá-la, alegando que ela havia cometido apostasia ao retornar à antiga fé. Um dos irmãos de Blessing, Yohanna, ficou firme contra os sequestradores e a família ficou livre deles por dois anos. No entanto, os sequestradores juraram que “cuidariam” de Yohanna por ser anti-islã.
No dia 1 de janeiro de 2018, a filha de Yohanna foi sequestrada de casa. Jennifer, de 15 anos, ficou 15 dias em poder dos sequestradores, durante os quais foi violentada, e depois foi solta sob a condição de que a família lhe permitiria praticar o islamismo. Ao voltar para casa, a adolescente estava mentalmente perturbada, chegando ao ponto de ameaçar fazer jihad (guerra em nome de Alá) contra a própria mãe. O pai, Yohanna, a levou para um centro de reabilitação, onde ela ficou por duas semanas.
Sem ajuda das autoridades
No dia em que Jennifer foi para o centro de reabilitação, um clérigo muçulmano mobilizou mais de 30 muçulmanos para invadir a casa de Yohanna, gritando até as 2h da manhã para que trouxessem Jennifer de volta se não sofreriam graves consequências. Depois que voltou, no dia 1 de fevereiro de 2018, Jennifer fugiu de casa com a ajuda de um tio muçulmano. Mesmo quando o pai descobriu onde ela estava e deu queixa na polícia, as autoridades não fizeram nada.
Jennifer só voltou para casa em junho, grávida. Algumas mulheres muçulmanas a forçaram a voltar para seu “marido”. Quando a mãe de Jennifer, Sarah (que também estava grávida) foi vê-la, uma multidão de jovens começou a agredi-la. Yohanna foi até o local para resgatar a esposa e a filha, mas os jovens foram mais fortes, batendo nele também. Assim, Yohanna e Sarah voltaram para casa sem a filha Jennifer. Os jovens os seguiram, apedrejando-os pelo caminho. Portando armas, os jovens ameaçaram matar Yohanna por tocar a própria filha. Para salvar sua vida e da família, ele precisou sair de casa com esposa e filhos.
Com a intermediação de uma organização, as autoridades e a polícia de Kaduna ajudaram a devolver Jennifer para a família, em agosto de 2018. Ela concordou em continuar os estudos. Mas novamente, em outubro de 2018, ela fugiu para voltar para o “marido”. Algum tempo depois, ela entrou em contato com a família e lhes pediu que não entrassem mais em contato com ela.
Pedidos de oração
Cura para a Nigéria
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