Como fica a igreja depois de tanta violência?

Portas Abertas • 23 nov 2016


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Muitas famílias no Iraque tentam se recuperar dos traumas vividos enquanto estiveram sob o poder do Estado Islâmico (EI). “Meu cunhado foi agredido pelo Daesh (sigla árabe que também identifica o grupo). Sua esposa e filhos tiveram que assistir às torturas. Atualmente a família vive em outro país e está sendo devidamente tratada por uma organização estrangeira.

Mesmo aqueles que escaparam da violência do EI, mas presenciaram os atos dos militantes, necessitam de ajuda para retomar suas rotinas. Muitos relatam que perderam entes queridos em sequestros, bombardeios e ataques direcionados à igreja. Alaa*, que é pai de dois filhos, disse que foi ameaçado de morte pelos soldados. “A primeira ameaça veio por telefone e a segunda, através de um recado escrito em minha porta ‘Seu dia de morrer está chegando, infiel’. Eu sabia que as ameaças eram sérias”, disse ele.

Alaa confessa que não tem mais vontade de viver no Iraque. “Minha família não tem um futuro aqui, pretendo ir para qualquer outro país que nos aceite”, desabafa. Mas os que ficam garante que há futuro sim e que os danos causados pelo EI já começam a ser revertidos. “Alguns amigos que foram forçados a se converter ao islã, agora estão de volta ao cristianismo e sendo novamente batizados”, revela Esam que conclui: “Tudo o que vivemos aqui não foi nada fácil, mas sabemos que devemos perdoar. Se estou aqui, esse é o meu destino e eu creio que Deus planejou tudo isso para mim”.

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