Portas Abertas • 12 abr 2021
Naida recebe e visita parentes, amigos e vizinhos durante o Ramadã e aproveita para compartilhar sobre Jesus (foto representativa)
Desde pequena, Naida* costumava celebrar o período do Ramadã com a família na Ásia Central. Ela visitava vizinhos, parentes, amigos e também recebia convidados em casa. Como uma boa muçulmana, ficou enfurecida quando os filhos dela tiveram um encontro com Jesus, na década de 1990.
"Para ser honesta, eu estava preocupada com a segurança deles, porque tínhamos muitos parentes e todos eles eram muçulmanos. Pensei que meus filhos poderiam ser agredidos ou até mesmo mortos pelo pai ou tios”, revela.
O medo da violência não era infundado, já que Naida foi vítima de agressões do marido. Na época, a União Soviética estava em colapso e a família enfrentava muitos problemas financeiros. "Por causa do meu medo, me tornei a principal fonte de perseguição para meus filhos. Tentei impedi-los de visitar a igreja e os forcei a ficar em casa. Joguei fora livros cristãos e Bíblias, os ameacei e até agredi só para forçá-los a serem muçulmanos novamente. Eu não sabia que Deus os protegia", reconhece.
Mas em 2009, Naida ficou doente e nenhum médico, remédio ou terapia conseguia resolver o problema dela: "Eu me senti exausta depois de toda essa busca por cura. Não havia esperança de me sentir fisicamente melhor, os médicos não podiam me ajudar". Foi quando os filhos se juntaram e oraram a Jesus pedindo o restabelecimento da mãe. A idosa, que tem 70 anos hoje, tinha percebido a diferença que Cristo fazia na vida dos filhos após a conversão e entendeu que apenas ele poderia curá-la.
"Desde então minha vida mudou completamente. Minha condição física ficou muito melhor e os médicos não conseguiam entender o motivo! Minha vida emocional e espiritual também foi curada", celebra Naida.
Porém, a cristã ex-muçulmana estava prestes a enfrentar um grande desafio: ser seguidora de Jesus em um país com maioria muçulmana durante o Ramadã. Por muito tempo ela não comemorou a data e por isso ganhou a antipatia dos parentes, amigos e vizinhos. Mas, ela desejava ter oportunidade de compartilhar sobre Jesus com todos ao redor.
Então, Naida começou a orar e pedir a direção de Deus para agir principalmente durante o Ramadã. Ela leu muitos livros sobre o assunto, conversou com o pastor e entendeu que a cultura poderia ser uma maneira de alcançar outros para Cristo. Então voltou a celebrar a ocasião cozinhando pratos tradicionais e especiais da data e convidando familiares e vizinhos para encerrarem o jejum na casa dela.
Ela também passou a visitá-los no Ramadã e mostrou respeito pela crença e tradição deles. Assim ela conseguiu tocar os corações e compartilhar o evangelho durante os jantares. Apesar da pandemia ter interferido muito na celebração islâmica em 2020, Naida convidou uma vizinha muçulmana para jantar na casa dela e a conversa teve Jesus como tema principal.
*Nome alterado por segurança.
Assim como Naida, muitos outros cristãos ex-muçulmanos aproveitam o período do jejum islâmico para compartilhar sobre Jesus com muçulmanos. Eles também enfrentam maior hostilidade da família, amigos, comunidade e vizinhos. Veja abaixo o mapa de oração com pedidos em todos os dias durante o Ramadã (para ver a lista com os dias de oração clique no ícone ao lado de "Ramadã - 30 dias de oração").
Quando os jovens de origem muçulmana decidem seguir Jesus, eles precisam de apoio para se manterem firmes na fé, apesar da hostilidade dos familiares, comunidade e até das autoridades. Por isso, convidamos você para apoiar esses irmãos e irmãs com discipulado na Indonésia por dois meses. Doe!
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