Portas Abertas • 23 mai 2022
Após o ataque que ocorreu em sua igreja, Martine precisou fugir por questões de segurança, se tornando mais uma entre os cristãos deslocados vítimas da violência no Oeste Africano
Quando Martine, cristã que perdeu em um mesmo ataque marido, pai, irmão e cunhado, foi forçada a deixar a área onde vivia em Burkina Faso, lembra de pensar: “Quero que aqueles que fizeram essas coisas terríveis não morram sem conhecer Jesus”. Ela não tinha palavras para orar ou fazia ideia do que o futuro reservava para ela. “Eu queria abrir minha boca para falar com Deus e perguntar: ‘Por quê?’, mas tudo que saía eram gemidos.”
Ainda assim, ela decidiu confiar nos propósitos de Deus. “Se uma pessoa conhece a Cristo, precisa deixar os problemas nas mãos dele e segui-lo. Então ele a conduzirá.” Ela e o marido enfrentaram muitas dificuldades no passado. Ela nunca deu à luz e uma vez pensaram que o marido tivesse sido envenenado. Apesar de tudo, as dificuldades não os destruíram. Assim, ela chegou à conclusão de que se Deus evitou que eles fossem destruídos nas vezes anteriores, mantendo o marido vivo após ser envenenado, com certeza, poderia evitar que ele morresse no ataque. Deus deve ter seus motivos.
“Era a hora deles, por isso Deus permitiu que morressem. Eu deixei o problema nas mãos de Deus e disse: ‘A partir de agora, é o Senhor quem cuida da minha vida. Eu não tenho mais ninguém a quem recorrer. Foi o Senhor quem permitiu isso acontecer, estou contando com você. É você quem tomará conta de mim. Eu não vou nem para a direita, nem para a esquerda. Então agora, quando alguma coisa ou pensamento me incomoda, costumo dizer: ‘Jesus, lembre-se da oração que fiz. Não vou me desviar nem para a direita, nem para a esquerda. É apenas ao Senhor que ergo meus olhos. Minha esperança está somente na cruz’.”
Por meio da generosidade dos parceiros, a Portas Abertas ofereceu ajuda emergencial a ela e outros cristãos deslocados. Mais de duas mil famílias foram beneficiadas com o auxílio. Além disso, ela e outras 87 viúvas também receberam aconselhamento pós-trauma. “Esse treinamento me ajudou. Eu redescobri a alegria com os ensinamentos e meu coração ficou em paz. As aulas renovaram minha vida e minhas forças. Obrigado por pensarem em nós. Vocês não esqueceram que nossos corações foram feridos. Vieram nos ajudar para que tivéssemos força de novo, nossos corpos se recuperassem e nossas vidas fossem melhores.”
Ela disse ainda: “Os ensinamentos me fortaleceram desde o primeiro dia. Eles ensinaram como um coração ferido se comporta e como as feridas podem ser curadas. Quando o professor explicou isso, meu coração se revigorou. Ao ser curada, a alegria apareceu. Agradeço a todos que decidiram cuidar dos que passam por esse tipo de problema. Que o Senhor os abençoe e que nunca se arrependam do trabalho que fazem”, compartilha.
Os cristãos que vivem em países do Oeste Africano estão vulneráveis à ação de diversos grupos radicais islâmicos. Muitos são vítimas de ataques ou passam por situações traumáticas. Eles precisam de apoio para saber como lidar com isso. Com uma doação, você oferece ajuda emergencial e cuidados pós-trauma para cristãos deslocados em Burkina Faso.
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