Portas Abertas • 17 mai 2018
Reena, cristã que viveu na pele a perseguição por causa da fé
Reena* é uma jovem cristã indiana de 20 anos. Desde cedo, quando seus pais se converteram do hinduísmo ao cristianismo, ela conheceu a perseguição de perto. “Meus pais sempre me explicaram que a perseguição acontece quando você é cristão. E eu não tinha inveja dos hindus, porque Jesus me dava alegria interior”, afirma. Ela é uma moça tímida, de poucas palavras. Ela nos conta que quando criança os colegas de escola a tratavam de modo diferente por não participar dos rituais hindus. “Ninguém queria brincar comigo, porque eles eram hindus e eu não. Depois da escola, simplesmente ficava em casa e brincava sozinha”, compartilha.
Na adolescência, ela foi estudar em outra cidade, então morava num albergue. Mas quando não tinham mais condições de pagar por seus estudos, ela teve que começar a trabalhar. Então, encontrou emprego como professora em uma escola onde o salário seria 1.500 rúpias (cerca de 82 reais). Mas ela nunca recebeu esse valor. “Nos dois primeiros meses eu recebi só 500 rúpias (equivalente a 27 reais), e depois nada. Então, depois de seis meses eu saí desse emprego”, diz. Alguns dias depois, outra escola lhe ofereceu emprego. O diretor a convidou para uma reunião de professores, e lá lhe ofereceram alguns doces. Mas eles continham algum tipo de droga que a fez perder a consciência.
Quando recobrou a consciência, Reena estava em um trem com outras adolescentes. Elas disseram que queriam ajudá-la, mas Reena desconfiou delas por achar que tinham algo a ver com o sequestro, e as mandou embora. Quando viu o nome da estação de trem, percebeu que estava a 15 horas de seu vilarejo. Com as poucas moedas que tinha no bolso, ligou para a única pessoa que conhecia naquela cidade. “Era uma amiga que veio me pegar com seus pais”, diz. Eles ligaram para os pais de Reena, que informaram a polícia; mas só depois de três dias é que deram ordem de prisão para o diretor da escola e os funcionários. No entanto, todos foram liberados depois.
Quando chegou em casa, seus pais a levaram ao hospital. Aos poucos, ela saiu do estado de choque, mas quando teve noção de tudo o que tinha acontecido, ficou com ainda mais medo. “Eu tinha todas essas perguntas: por que isso aconteceu? E por que comigo?”, compartilha. Ela estava tão abatida que não via mais razão para viver e até pensou em cometer suicídio. “Eu orei: Deus, eu te conheço, mas mesmo assim isso aconteceu comigo. Por quê? Eu estava totalmente devastada”. (Essa história continua).
*Nome alterado por segurança.
Revista Portas Abertas
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