Portas Abertas • 26 dez 2017
Três juristas internacionais solicitaram ao Tribunal Penal Internacional que criasse um tribunal especial para processar os líderes do país mais fechado ao evangelho e número um em perseguição aos cristãos, a Coreia do Norte. Segundo os juristas, o presidente Kim Jong-un deve ser responsabilizado pelos “crimes contra a humanidade” realizados nos campos de trabalhos forçados.
Baseados em testemunhos de desertores e especialistas no assunto, os juristas citaram evidências de “sistemático assassinato, tortura, perseguição a cristãos, violência, aborto forçado, fome e sobrecarga de trabalho, levando a inumeráveis mortes”, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP). Os campos têm de 80 a 100 mil prisioneiros, dentre os quais muitos são familiares de pessoas acusadas de cometer crime político.
Thomas Buergenthal, um dos três juristas, disse: “Eu acredito que as condições nos campos de trabalhos forçados na Coreia do Norte são tão terríveis ou até piores do que as que vi e experimentei na minha juventude nos campos de concentração nazistas e em toda minha carreira no campo dos direitos humanos”. Mas a Coreia do Norte nega todas as infrações e acusa “forças hostis” de fabricar questões de direitos humanos “não existentes”.
Enquanto isso, a China começou a construir um campo de refugiados ao longo da fronteira com a Coreia do Norte, segundo informação vazada pela empresa de telecomunicações China Mobile. A empresa foi encarregada de estabelecer uma estrutura de comunicação viável na região. No distrito de Changbai e na província de Jilin, os campos de refugiados poderão abrigar centenas de milhares de refugiados norte-coreanos.
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