Portas Abertas • 17 jan 2020
Os cristãos da Coreia do Norte precisam manter a fé em segredo dos familiares, vizinhos e governo
A Coreia do Norte ocupa a primeira colocação na Lista Mundial da Perseguição (LMP) desde 2002. Ser cristão no país é sinônimo de enfrentar perseguição extrema. Professar uma fé que seja diferente da adoração aos líderes comunistas acaba em prisão e morte. Algumas vezes, as pessoas que entregam os seguidores de Jesus ao Estado são as mais próximas, como amigos, vizinhos e parentes. Desde 2018, o país mantém 94 pontos na pesquisa anual da LMP, com notas máximas em pressão na vida privada, família, comunidade, nação e igreja.
Há três gerações, os norte-coreanos precisam reverenciar a família Kim. O atual presidente Kim Jong-un consolidou o poder e atraiu a atenção das potências mundiais a partir do investimento em armas nucleares. As constantes aparições e notícias sobre as negociações com os Estados Unidos pareciam promissoras, mas não tiveram consequências efetivas para os cristãos do país. Os seguidores de Jesus ainda são vistos como traidores, já que possuem uma religião entendida como ocidental e americana.
Oficialmente, há três igrejas na Coreia do Norte: católica, protestante e ortodoxa russa. Porém, isso não indica que exista a liberdade religiosa, pois as instituições fazem parte da nova imagem que os líderes do país desejam passar ao mundo. Logo, a reunião entre cristãos verdadeiros torna-se um evento secreto, em locais subterrâneos e por isso não devem ser divulgadas. E se uma pessoa engajada em atividade cristã for descoberta, ela pode enfrentar discriminação, prisão, detenção em campos de trabalho forçado, desaparecimento, tortura e execução pública. As consequências da fé atingem também os familiares mais próximos dos acusados.
Tudo o que se refere ao cristianismo deve ser mantido em sigilo, até mesmo a literatura. Assim, é comum que os norte-coreanos só descubram a fé dos pais quando já são adultos e conseguem entender melhor o que esse segredo significa e como será punido pelo governo comunista. Por isso, um dos trabalhos da Portas Abertas, realizado por meio de parceiros na China, é capacitar os pais norte-coreanos cristãos a educarem os filhos nos caminhos do Senhor, com livros apropriados que transmitam valores bíblicos. Doe e apoie esse trabalho!
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