Portas Abertas • 18 fev 2020
Crianças norte-coreanas nas ruas têm mais chances de morrer por causa do coronavírus
As autoridades chinesas confirmaram, no dia 17 de fevereiro, as mortes de 1885 pessoas causadas pelo novo coronavírus, conhecido como Covid-19. A doença tem preocupado todo o mundo e exigido ações emergenciais para impedir a transmissão e tratar os contaminados. A Coreia do Norte faz fronteira com a China e, apesar de não admitir a chegada da epidemia, confirmou o óbito de 5 pessoas no hospital em Sinuiju, no dia 7 de fevereiro. Os sintomas comuns nos casos eram febre alta. De acordo com o ministro de Saúde Pública do país, os cidadãos que tiverem tosse e febre serão assistidos e ficarão em quarentena.
O país número um na Lista Mundial da Perseguição 2020 pode enfrentar grandes problemas se os casos de coronavírus forem confirmados, já que são precárias as instalações médicas e o acesso a remédios. Essas foram algumas das razões que causaram uma propagação rápida de cólera e da síndrome respiratória aguda grave (SARS) em 2003, culminando nas mortes de muitas crianças em situação de vulnerabilidade. “Eu era uma das crianças infectadas com a cólera e estava apenas esperando pela morte, sem comida e medicamento”, testemunha o cristão e sobrevivente, Timothy Cho.
De acordo com um ex-diplomata norte-coreano, até a elite do país precisa racionar medicamentos como paracetamol e ibuprofeno quando surgem doenças contagiosas. “Isso explica porque a Coreia do Norte é incapaz de providenciar qualquer tratamento médico para a população comum em tempos de doenças infecciosas”, afirma Cho. O medo da entrada do coronavírus no país fez com que o governo fortalecesse as fronteiras com a China, impedindo que alimentos e remédios fossem contrabandeados, e causando a escassez de matéria-prima nas fábricas. Por consequência, os preços dos alimentos e combustíveis aumentaram muito. Se a situação permanecer assim, os norte-coreanos poderão enfrentar novamente uma crise econômica.
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