Crescimento de igreja no Laos atrai perseguição

Em poucos anos, a igreja passou de 2 para quase 700 membros. O resultado foi a perseguição

Portas Abertas • 10 jul 2019


Ilustração de Anya e seu pai algemados e acorrentados na prisão no Laos, onde ficaram por 13 meses

Ilustração de Anya e seu pai algemados e acorrentados na prisão no Laos, onde ficaram por 13 meses

Anya*, de 42 anos, e sua família aceitaram Jesus em 2012. Na época a família de Anya e de seu pai eram os únicos cristãos no vilarejo. No entanto, a igreja deles começou a crescer a ponto de, em 2013, eles passarem de 2 para 30 famílias. Mas conforme o número de cristãos cresceu, a perseguição começou. O governo do Laos considera o cristianismo como uma religião dos Estados Unidos, um “inimgo” do país. Esse ódio tem suas raízes na guerra dos anos 60 e 70, quando forças americanas bombardearam o Laos, tirando milhares de vidas.

Assim, quando Anya e muitos outros do vilarejo aceitaram Jesus, foram vistos como traidores e colocados imediatamente sob vigilância. Um ano após o crescimento da igreja, os soldados construíram um posto do exército no vilarejo e dois espias do governo fingiram ser novos convertidos para monitorar todos os movimentos. Mas a vigilância não parou por aí.

Em 2015, a igreja cresceu ainda mais, de 109 para 678 cristãos. Naquele mesmo ano, Anya e seu pai foram levados à prisão. Anya conta: “Eles nos prenderam por 13 meses. Durante seis meses, eu e meu pai ficamos algemados e amarrados nos dois pés com correntes em uma cela fria. Amarrados às correntes, havia pesos de metal de 5 quilos cada”. Enquanto Anya e o pai estavam na prisão, uma série de eventos estava acontecendo no vilarejo, que abalaram a fé dos cristãos.

Prisão, ameaças, vigilância e tortura

Anya conta que seu assistente foi pendurado de cabeça para baixo em uma árvore e os soldados colocaram grandes formigas vermelhas sobre seu corpo. Ele ficou suspenso por cerca de uma hora. “Ele foi humilhado diante do vilarejo por acreditar em Jesus. Então, os outros cristãos foram algemados. Em grupos de 15, 20, 30, eles foram expostos ao calor do sol por cinco dias. Eles foram soltos em um domingo e, ao invés de voltarem para suas casas, foram direto para a igreja e juntos adoraram a Deus lá”, conta Anya.

Quando os soldados descobriram, apontaram as armas para eles e os ameaçaram, ordenando que parassem de adorar a Deus. Mas as armas não amedrontaram a igreja, que continuou se reunindo nos cultos. Soldado após soldado era enviado ao seu vilarejo. Isso os abalava, mas não os quebrava. Depois, dois soldados foram colocados na casa de cada cristão. Se um deles ouvisse alguma palavra sobre Deus, invadia a casa para fazê-los parar.

Após uma semana da prisão de Anya e seu pai, os soldados reuniram os cristãos e disseram que se eles negassem a fé, ambos seriam libertados da prisão. Mas eles responderam: “Nós acreditamos em Deus não por causa dos homens que vocês prenderam, mas porque ele é Deus. Os que estão na prisão também acreditam nesse Deus, então, vocês que sabem se vão soltá-los ou não. Nós não acreditamos em homens, mas em Jesus – alguém que vocês não veem porque ele está no céu”. (Essa história continua).

*Nome alterado por segurança.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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