Portas Abertas • 30 set 2018
Os cristãos coptas foram indicados por não revidar à perseguição violenta
Cristãos coptas do Egito foram nomeados para o Prêmio Nobel da Paz deste ano. Acredita-se que pela primeira vez, em 116 anos da história do prêmio, um grupo étnico religioso tenha sido nomeado, diz o site de notícias PRNewswire. A organização não governamental Coptic Orphans, com base nos Estados Unidos, confirmou a nomeação. O vencedor será anunciado dia 5 de outubro, e o prêmio concedido em Oslo, Noruega, em 10 de dezembro.
Os cristãos coptas foram nomeados devido à “sua recusa de retaliação contra perseguição contínua e mortal de governos e grupos terroristas no Egito e em outros lugares”, afirma o site. De acordo com relatório publicado no começo do mês, ataques por membros de grupos do Estado Islâmico contra a comunidade de cristãos coptas do Egito “estão entre os atos mais letais de perseguição religiosa” no último ano.
Entre outros ataques, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por três igrejas bombardeadas no Egito em 2016 e 2017, na qual 70 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas. Os coptas, que chegam a cerca de 10% da população, também são alvo de grupos de muçulmanos locais que reclamam da presença de suas igrejas nas vilas em todo o país.
Muitas vezes, os cristãos são convencidos a participar de sessões de reconciliação com a finalidade de conter as consequências dos ataques. Entretanto, o processo é visto com suspeitas por alguns cristãos egípcios. Andrea Zaki, líder da Igreja Protestante do Egito, disse em abril que pede aos líderes para não participem das sessões. Outros líderes tentam difundir um senso de patriotismo e martírio pelo país de origem, mas muitos cristãos coptas dizem que eles estão cansados de se sacrificar voluntariamente pela unidade no Egito.
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