Portas Abertas • 22 nov 2016
“A igreja em Cuba tem uma grande missão nesse mundo; muitos missionários podem sair daqui quando Deus abrir as portas”, afirma um dos líderes cubanos que acredita na capacidade daqueles que estão sendo preparados para pregar o evangelho fora do país. “A educação em Cuba é de alto padrão, há engenheiros, médicos, investigadores e artistas cristãos que serão capazes de servir as pessoas onde quer que estejam, através de sua profissão e convicção missionária”, ele afirma. O líder ainda comenta que os cristãos cubanos têm o coração grato por tudo o que já receberam de outras pessoas. “Agora temos essa sensação de urgência em retribuir. Deus tem muito trabalho para realizarmos e nós temos pouco tempo nessa terra”, alerta.
Mas apesar dessa convicção positiva, eles também reconhecem que são necessitados da presença do Espírito Santo para curá-los. “O comunismo quebrou a dignidade dos seres humanos por aqui. Mesmo dentro da igreja há distúrbios emocionais e sensação de inutilidade, e isso precisa ser tratado”, disse outro líder. “O governo pressiona muito a população, mas mesmo parecendo difícil a igreja precisa enxergar que faz a diferença e que tem oportunidades de expadir seus ministérios como acontece em outros países, pois isso não tem nada a ver com riqueza ou pobreza. Aqui os pastores também passam por sérias dificuldades financeiras e muito estresse. Somos observados o tempo todo e chantageados. Mas temos que fazer o nosso trabalho”, disse.
Todos eles concordam que há sentimento de desconfiança na população, os padrões estão distorcidos, por isso as pessoas não podem se exopressar com liberdade, principalmente quando encontra a cura em Cristo. “Eu acredito que a solução está no Evangelho e nas ferramentas que ele nos oferece, mas nem todas as pessoas sabem usar essas ferramentas”, lamenta. E para finalizar, um último líder explica a inflexibilidade do governo em relação às formas de pregar o evangelho no país. “Materiais cristãos não podem ser utilizados, principalmente quando se trata de produções audiovisuais, programas de rádio ou qualquer outro meio de expressão que afete o governo. Tudo é restrito. Não há autores cubanos escrevendo sobre a realidade da igreja nessa nação, não há Bíblias suficiente para todos, não entra literatura cristã aqui. Eles rejeitam o cristianismo por que ele transforma vidas, mentes e corações”, conclui.
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