Portas Abertas • 24 ago 2017
Muitos cristãos em Bangladesh ficam sem abastecimento de água e precisam beber água suja
Purnendu Biswas, de 57 anos, é um cristão que deixou o hinduísmo para seguir a Cristo em 2002. “Desde que me converti, estou proibido de usar a água do poço do meu vizinho. Por isso, uso a água de lagoas e rios, mas eles são poluídos”, desabafa. Após usar a água suja, o filho de cinco anos adoeceu. Algumas semanas depois, ele também ficou doente.
O médico que visitaram aconselhou que tomassem água mineral, mas eles não têm dinheiro para isso. “A água dos poços é livre para todos, mas não temos dinheiro para instalar a tubulação. O que mais podemos fazer?”, conclui Pernendu.
O mesmo aconteceu com Abdul Kashem, de 45 anos, após deixar o islamismo. Em uma tentativa de usar o poço do vizinho para conseguir água potável, ele foi ameaçado. “Você traiu o islamismo e a nossa vila. Você não merece mais a nossa água”, disseram eles. “Como resultado, minha família e eu estamos sempre doentes”, conta Abdul.
O cuidado da família da fé
É evidente que negar o acesso à água potável é uma punição pela conversão dos cristãos. “A água é tão importante para a sobrevivência dos cristãos perseguidos. Percebemos que não era mais suficiente entregar apenas Bíblias, precisávamos prover o que eles mais precisavam naquele momento: água potável”, diz um colaborador da Portas Abertas na região.
Há alguns anos, a Portas Abertas trabalha para construir tubulação que dê acesso à agua potável para os cristãos. Todo ano, os novos convertidos são procurados para que sejam providos desse bem tão necessário. Só neste ano, 34 poços foram instalados em diferentes áreas de Bangladesh. “Isso significa que 145 cristãos hoje têm acesso à agua potável. O objetivo é ajudar mais 400”, complementa o colaborador.
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