Portas Abertas • 28 abr 2021
As duas famílias já cumpriam as penas quando souberam que os casos iriam para a Suprema Corte do Irã (foto: Article18)
Os apelos para dois casos envolvendo cristãos no Irã serão ouvidos pela Suprema Corte do país. Foram apresentadas petições de novo julgamento para Homayoun Zhaveh e sua esposa Sara Ahmadi, que começaram a cumprir as sentenças por fazerem parte e liderarem uma igreja. O outro caso envolve Sam Khosravi e Maryam Falahi, que foram condenados por "promover o cristianismo" e depois ameaçados de perder a custódia da filha adotiva de dois anos.
"Só de saber que a mais alta corte do país agora tem o poder de governar nesses casos é algo para agradecer. Porque mesmo se a Suprema Corte rejeitar esses casos significaria que o regime iraniano seria forçado a assumir a responsabilidade por esses veredictos injustos, e, portanto, deixá-los sem argumento para se posicionarem se continuarem a alegar que os cristãos têm direitos iguais e que ninguém é perseguido por causa de suas crenças no Irã", disse o diretor de advocacy do portal de notícias Article18.
Na semana passada, quatro cristãos foram presos e alguns outros trazidos para interrogatório em Dezful, Sudoeste do Irã. Em seu relatório anual publicado esta semana, a Comissão dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional disse que as condições de liberdade religiosa no Irã haviam diminuído em 2020 "com o governo aumentando sua severa repressão às minorias religiosas e continuando a exportar extremismo religioso e intolerância".
"Durante o ano, dezenas de cristãos foram presos, agredidos e injustamente condenados a anos de prisão", diz o relatório, e recomendou que o país permanecesse na lista de Países de Particular Preocupação. Se a recomendação da Comissão for tomada pelo Departamento de Estado dos EUA, o governo dos EUA terá uma base para impor sanções contra os líderes do país e outros funcionários-chave.
O tratamento do Irã a sua minoria cristã, em particular aqueles que se converteram do islã, também foi criticado pela ONU. Em novembro, especialistas da ONU escreveram uma carta às autoridades iranianas expressando preocupação com a situação dos cristãos iranianos, listando os nomes daqueles que foram presos e pedindo ao governo que proteja seus direitos.
Durante o Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2021, falaremos sobre os cristãos presos no Irã, Eritreia e Coreia do Norte. Esteja conosco nesta jornada de fé e esperança, em que juntos fortaleceremos nossos irmãos presos através da oração. Se você ainda não se cadastrou, não perca a oportunidade de envolver sua igreja no maior movimento de oração pela Igreja Perseguida. Cadastre-se, saiba como realizá-lo e tenha acesso a materiais exclusivos para a realização do evento.
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