Portas Abertas • 11 mar 2020
Os radicais têm costume de incendiar tudo o que possa pertencer aos cristãos, como já fizeram em ataques anteriores
No dia 3 de março, alguns muçulmanos radicais atacaram um grupo de cristãos de diversas regiões da Etiópia, que participavam de um evangelismo no distrito de Mehal Amba. Os sete homens correram até a delegacia em busca de proteção e as autoridades concordaram em abrigá-los até passar a fúria da multidão. Mas o líder islâmico local pressionou os policiais para os manterem presos, sob a acusação de que planejavam incendiar a mesquita da cidade. Os cristãos ainda continuam detidos pelas autoridades.
Na mesma noite, outros radicais foram diretamente da mesquita até a igreja Weleni Full Gospel, única comunidade cristã da cidade. Os muçulmanos carregavam combustível, paus e pedras, enquanto proclamavam “Allah Akbar” (Alá é grande, em árabe). Eles colocaram fogo nos prédios novo e antigo da igreja. Três casas de cristãos também foram demolidas e outras posses vandalizadas. No total, 23 pessoas e sete crianças fugiram para o distrito de Chulule. Eles encontraram abrigo na igreja Full Gospel da outra cidade.
A Constituição etíope garante a liberdade religiosa. Não há uma lei que proíba as pessoas de compartilharem a fé, por isso os líderes cristãos regionais pediram para que os governantes locais intervenham no assunto e garantam que os cristãos sejam libertos. Porém, ainda não houve uma resposta oficial sobre o ocorrido. A Etiópia está em 39º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020, com 63 pontos. Um dos responsáveis por colocar a nação no ranking elaborado pela Portas Abertas é a opressão islâmica.
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