Portas Abertas • 21 dez 2020
As casas em que moravam foram destruídas e o líder da aldeia os proibiu de construir novas (foto representativa)
No início de novembro, a Portas Abertas noticiou que quatro famílias cristãs foram obrigadas a deixar os lares no Laos. Os aldeões forçaram aproximadamente 10 pessoas a deixar a vila por serem novos seguidores de Jesus. Após a expulsão, as famílias passaram a viver em casas improvisadas na parte de fora das aldeias e em situação precária, onde lutaram para encontrar comida e água suficientes.
Passado um mês do ocorrido, os cristãos retornaram para a aldeia e descobriram que as casas que moravam foram destruídas. O chefe local não permitiu que eles reconstruíssem os lares e as famílias ainda dependem da ajuda de terceiros para continuar a viver. “Nos preocupamos com nosso futuro e com a forma como seremos capazes de sobreviver”, conta um dos cristãos expulsos.
De acordo com a Lei da Igreja Evangélica, que foi aprovada em dezembro de 2019, os cristãos no Laos têm o direito de se reunir para adoração, oração e comunhão com cristãos estrangeiros. Mas são obrigados a autofinanciar as atividades e respeitar as leis e regulamentos do Laos. Para educar as autoridades provinciais sobre a lei, o governo, em colaboração com representantes da igreja, realizou uma série de seminários. Um deles tinha acabado de acontecer na província antes das famílias serem despejadas.
“Reportamos essa situação às autoridades provinciais e exigimos justiça para esses sete seguidores, mas eles dizem que o assunto deve ser tratado pelas autoridades distritais primeiro. As autoridades abaixo dos níveis provinciais e distritais podem não ter entendido as disposições da lei”, testemunha um cristão da província.
Aplicar a lei a nível local é um desafio, alertou um parceiro local da Portas Abertas: “É nas áreas rurais onde os cristãos, em particular os convertidos, enfrentam maior pressão. Líderes da aldeia e religiosos os veem como irritando os espíritos e trazendo problemas para a comunidade. Este ano também vimos muitos incidentes de assédio por parte da família e dos vizinhos”.
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