Portas Abertas • 4 jun 2020
Os extremistas fulani atacam vilas cristãs, saqueando, queimando casas e matando cristãos
A madrugada do dia 3 de junho foi violenta para os moradores dos vilarejos de Agwalla Magayaki e Tudun Agwalla, ao sul do estado de Kaduna, Nigéria. A milícia fulani saqueou, incendiou casas e matou nove cristãos. Segundo o comunicado oficial da União dos Povos do Sul de Kaduna (SOKAPU, da sigla em inglês), o motivo da violência vai além de conflitos comunitários, é parte de uma limpeza étnica. “Está sendo travada guerra contra nosso povo e o governo nigeriano finge que nada está acontecendo. Estamos enfrentando uma enorme crise humanitária", afirmou Luka Binniyat, oficial nacional de relações públicas do sindicato.
A polícia foi chamada no local, mas apareceu três horas depois, quando a comunidade estava fazendo o enterro coletivo dos nove cristãos mortos. O sindicato apontou que a demora para o socorro e falta de intervenção são sinais da falta de interesse da Polícia Estadual de Kaduna em resolver os conflitos. Foi pedido para que a Organização das Nações Unidas (ONU), União Africana, Tribunal Internacional e a Anistia Internacional assistissem e intervissem na atual situação da Nigéria diante dos constantes ataques de extremistas islâmicos.
A declaração do sindicato ainda atribui a responsabilidade do incidente ao presidente da área governamental de Kajuru, Cafra Caino. Ele divulgou um comunicado à imprensa falando do incêndio a cabanas de fulanis, como retaliação ao assassinato de 17 aldeões nos vilarejos de Gonar Rogo, Unguwan Rana e Makyali, no dia 12 de maio. Acredita-se que os recentes ataques são de fulanis se vingando por terem suas moradias incendiadas.
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