Portas Abertas • 2 jun 2020
Cristãos no Níger temem ataque do Boko Haram como retaliação às ações do governo
Nem a COVID-19 impediu os militantes do Boko Haram de atacar a região de Diffa, no Níger. No dia 20 de maio, mais uma ação dos extremistas causou a morte de 12 soldados do governo. Na semana anterior, o exército do grupo radical islâmico enfrentou a baixa de 75 soldados após um confronto violento na região. Segundo Yonas Dembele, analista de perseguição da Portas Abertas, vários grupos extremistas na região do Sahel prometeram aumentar o nível de ataques durante a pandemia da COVID-19.
Como resultado, o Boko Haram tem mirado repetidamente Diffa. “São numerosos grupos militantes diferentes se deslocando entre países da região do lago Chade. Os governos do Níger, Mali e Burkina Faso, em particular, estão lutando para lidar com os possíveis ataques extremistas”, explica o colaborador. As comunidades cristãs locais temem sofrer a retaliação após as operações dos governos contra os insurgentes.
O aumento dos ataques de grupos extremistas islâmicos colocou o Níger em 50º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020. Além de enfrentar as investidas dos jihadistas, os cristãos, principalmente ex-muçulmanos, precisam manter a fé em Cristo, apesar da hostilidade dos familiares que pode chegar até a agressão física e morte. No território, os seguidores de Jesus são impedidos de celebrar casamentos cristãos, adoração conjunta e raramente conseguem empregos em serviços do governo, os que conseguem têm promoções negadas com frequência por causa da fé.
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