Portas Abertas • 10 dez 2016
Abalados com a barbárie da Segunda Guerra Mundial e pensando em construir um mundo menos ofensivo, dirigentes da ONU estabeleceram uma conferência em 1945 para criar a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Embora não seja um documento com obrigatoriedade legal, serve como base para alguns tratados e pactos entre os países. Mas a DUDH não é a primeira iniciativa de estabelecer valores e direitos à humanidade. O “cilindro de Ciro”, rei da antiga Pérsia (539 aC), existe até hoje e faz parte dos achados arqueológicos da história antiga.
A Carta das Nações Unidas então apenas reafirmou o objetivo de Ciro, que adotou alguns tipos de direito e liberdade ao ser humano. Resumidamente, o direito às necessidades mais básicas, direito a uma vida livre do medo, da intolerância e da discriminação, liberdade de expressão, consciência e religião. Isso quer dizer que o ser humano tem direito a viver “dignamente”. E o que tudo isso significa em nossos dias? A DUDH funciona?
Direitos Humanos ignorados
Em vários países orientais, a sharia (lei islâmica), em especial as “leis de blasfêmia” praticamente ignoram os direitos humanos. Os governantes dessas nações violam todos os padrões internacionais com suas doutrinas religiosas, o que tem sido um abuso contra as minorias. Extremistas muçulmanos são encorajados a cometer atos de violência ainda piores que os da Segunda Guerra Mundial.
Crimes hediondos contra a humanidade
Em países como o Paquistão e Sudão, por exemplo, os cristãos têm sido acusados de forma abusiva e sem controle algum. Os tribunais têm seguido em frente com suas penas e execuções, muitas vezes, sem as devidas investigações em favor do réu. Em 2015, sete países foram adicionados à lista das nações que cometem crimes hediondos contra as pessoas que professam uma fé diferente da que o país considera como ""religião oficial"". Esses países são República Centro-Africana, Egito, Iraque, Nigéria, Paquistão, Síria e Vietnã. Os relatórios apontam para uma situação pior que a anterior a cada ano que passa.
Perseguição aos cristãos
Enquanto isso, as restrições aos cristãos continuam, os governos intensificam a perseguição de forma violenta, mas omitem qualquer responsabilidade e muitas igrejas continuam sendo demolidas ou fechadas oficialmente. Na Rússia, o presidente Vladimir Putin, assinou algumas alterações relacionadas à lei religiosa do país, que entraram em vigor a partir do dia 20 de julho desse ano. Com a paranoia ditatorial e o extremismo islâmico cada vez mais presente na Rússia, as restrições ao cristianismo vão sendo introduzidas à legislação sem nenhum controle externo.
A situação do Iraque e Síria e dos países da África, como Somália, Quênia e Nigéria, faz com que refugiados pensem na hipótese de nunca mais voltarem às suas casas, o que apavora a Europa e outros continentes do Ocidente. Há cada vez mais violência e menos liberdade no mundo. Na Coreia do Norte, país que lidera na Classificação da Perseguição Religiosa há mais de uma década, a situação continua a mesma. De acordo com todas essas informações, a maioria dos seres humanos não vive com dignidade, não tem seus direitos básicos garantidos e, muito menos, possuem qualquer tipo de liberdade. Nesse Dia Internacional dos Direitos Humanos, agradeça a Deus por viver em um país relativamente livre e ore por aqueles que não possuem o mesmo privilégio.
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