Portas Abertas • 17 out 2018
Peça a Deus que guarde os cristãos quenianos de possíveis novos ataques do Al-Shabaab
Na última semana, dois cristãos, que atuavam como professores de escola, foram mortos em um ataque de supostos militantes do Al-Shabaab, no condado de Mandera County, no Quênia. O local fica próximo à fronteira com a Somália. Philip Okumu, de 26 anos, e Daniel Wekesa, de 39, morreram na quarta-feira (10), depois que criminosos invadiram a casa para professores não locais na escola secundária Arabia Boys, a cerca de um quilômetro da fronteira do Quênia com a Somália.
De acordo com Olaka Kutswa, o comissário de Mandera County, mais de 20 homens invadiram a escola por volta de 1h da manhã. Estavam em maior número do que os quatro reservistas da polícia que guardavam a área. Eles jogaram um explosivo em um dos quartos onde os quatro professores não locais ficavam, ateando fogo ao local. Okumu e Wekesa foram baleados enquanto tentavam escapar do fogo.
A polícia disse na última segunda (15) que o ataque foi planejado por Hassan Hodey, um cidadão somali da área de Damasa, e disse que o Al-Shabaab parece estar preparando ataques futuros na região da fronteira do Quênia com a Somália. Os outros dois professores não locais da escola, Elijah Nderitu e Kelvin Lomusi, sobreviveram ao ataque.
“Todos os outros professores, estudantes e funcionários estão em segurança, e o Comitê de Segurança de County tem feito encontros com o Conselho Educacional para providenciar o apoio psicológico necessário e serviços de aconselhamento para eles”, disse Kutswa. Um dos sobreviventes, Lomusi, disse a TV queniana The Citizen que os responsáveis forçaram a porta do quarto e um deles entrou para checar se havia algum sobrevivente. Quando um colchão começou a pegar fogo ele fugiu.
“Eu estava escondido entre a cama e a parede”, disse Lomusi, que teve queimaduras em seu rosto depois que o colchão pegou fogo. “Sair não foi uma decisão fácil, já que estava com medo que eles ainda estivessem por perto”, contou. “Depois de testemunhar o ataque e a morte de meus colegas, não posso mais suportar esse trabalho”, afirmou Elijah Nderitu, o outro sobrevivente, à estação de TV.
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