Drama e encorajamento

Jovem cristã sequestrada no Egito conta experiência de ter ficado cinco dias em cativeiro para voltar ao islã

Portas Abertas • 11 jan 2019


Sequestro com final feliz foi resposta das orações, sobretudo do ministério de mulheres (foto representativa)

Sequestro com final feliz foi resposta das orações, sobretudo do ministério de mulheres (foto representativa)

No Egito, tornou-se comum ouvir sobre meninas que são sequestradas a cada ano. Geralmente elas não voltam. Mas Maggie*, de 22 anos, voltou e aceitou nos contar sua história. Ela tinha ido comprar algumas coisas quando, ao sair da loja, a puxaram para dentro de um carro. Ela foi vendada. Quando ela se deu conta, eles já estavam a 300 km de seu vilarejo. Os sequestradores tomaram seu telefone celular e ligaram para sua família, dizendo: “Não liguem para Maggie de novo, ela não vai voltar”.

A jovem cristã foi mantida em uma sala por cinco dias, tendo contado apenas com mulheres cujos rostos eram completamente cobertos por véus. As mulheres lhe ofereciam comida, mas ela não comeu nada nos cinco dias. Elas também falavam para ela se acalmar, pois não iriam lhe fazer mal, apenas queriam que ela “se convertesse à verdadeira religião”.

Maggie participa de um ministério de mulheres (jovens e adultas) da Portas Abertas no Egito. As outras meninas do ministério dizem que durante o desaparecimento da amiga, elas oraram fervorosamente. Não somente elas, mas toda a comunidade cristã do vilarejo se uniu em oração. O pastor de Maggie registrou queixa na polícia, mas o que ouviu dos policiais foi: “Vá para casa, não sabemos nada sobre ela”. No entanto, o pastor relatou o caso à mídia e o publicou nas redes sociais. Diante da pressão, a polícia começou a procurar Maggie e, finalmente, achou a casa onde ela estava sendo mantida refém.

Mas a polícia não a levou para casa. Ao invés disso, a levou para a delegacia, onde ela foi novamente pressionada a se converter ao islamismo. Somente depois de dois dias ela foi liberada e sua família pôde buscá-la. Mas não sem um aviso: “Não chore na rua nem conte o que aconteceu, senão vamos te prender de novo”. Ela conta que foi difícil segurar o choro, mas depois que estavam longe da delegacia, caiu em prantos nos braços de seu pai.

Para Maggie, essa experiência tem dois lados. Por um lado, o drama de tudo que aconteceu e o medo que sentiu. Mas por outro, há o encorajamento pelo fato do Senhor ter ouvido as orações de suas amigas e da família calorosa que ela tem na igreja.

*Nome alterado por segurança.

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