Portas Abertas • 19 mar 2020
Ebrahim Firouzi foi comunicado da decisão judicial sem oportunidade de apelação. Foto: Article 18
A Portas Abertas acompanha o caso de Ebrahim Firouzi desde que ele foi preso no Irã, em agosto de 2013. Agora o cristão teve 11 meses adicionados à pena por tirar uma licença curta com o objetivo de visitar os familiares após a morte da mãe. Na ocasião, ele estava exilado e fez o pedido às autoridades locais para viajar até Hamedan e a resposta foi que acreditavam que isso não seria problema, mas deveria tratar o assunto com as autoridades de Robat Karim. Ele não obteve resposta e decidiu partir em 13 de dezembro e voltou seis dias depois.
Quando retornou à cidade do exílio, Ebrahim foi informado que a ausência dele foi relatada aos magistrados em Teerã, e que não deveria ter ido sem a permissão do tribunal em Robat Karim. Ele foi até a cidade e conseguiu uma carta de um juiz assinando a ausência. Em 27 de dezembro, ele soube que a permissão deveria ser autorizada por um promotor da capital do Irã, e não do município aonde foi. Outro conselho dado ao cristão era que não retornasse ao exílio até o problema ser resolvido, para que não fosse punido por uma segunda licença, caso fosse convocado para Teerã.
Após três meses da ausência, Ebrahim recebeu uma carta informando que a licença aumentou em oito meses o exílio e mais três meses para cobrir o período que ele não assinou o documento para provar a presença em Sarbaz. A decisão foi declarada como final, sem possibilidade de apelação. O juiz também havia acrescentado acusações falsas no processo do cristão como "espionagem cibernética" e "propaganda contra o islã", das quais foi absolvido anteriormente.
Em entrevista ao site britânico Article 18, Ebrahim disse: “O tribunal deu um veredicto final, sem me dar a oportunidade de me explicar ou me defender, e usa acusações contra mim que não estão relacionadas à ausência ou das quais fui absolvido. Por isso, decidi levar esse assunto à mídia, exigir uma explicação e fazer minha voz ouvida, pois esse é um exemplo de erro do judiciário”. O Irã está em 9º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020, com 85 pontos. Uma das maneiras de reprimir os cristãos do país é a prisão por ameaça à segurança nacional. Ore pelos cristãos presos no Irã!
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