Portas Abertas • 3 mai 2018
O extremismo islâmico é o principal motor de perseguição aos cristãos no Paquistão (Foto representativa)
A família de um menino cristão que foi morto enquanto estava sob custódia da polícia foi compensada por mais do que o valor padrão pago em casos semelhantes. Um advogado que trabalha para a família chamou o resultado de uma "vitória rara". Arsalan Masih, um estudante de 16 anos de idade de Sheikhupura, no nordeste da província de Punjabe, morreu após um ataque brutal de policiais em 9 de outubro do ano passado.
Os seis suspeitos – Muhammad Imtiaz, Muhammad Rashid, Muhammad Arshad, Muhammad Tanveer, Robin Masih e Muhammad Iqbal – ofereceram à família três milhões de rúpias (cerca de 92 mil reais) sob o conceito islâmico de diyat (dinheiro de sangue), como restituição em troca perdão. Cada um deles passou mais de quatro meses na prisão. A seção 319 do Código Penal do Paquistão diz: “Quem cometer qatl-i-khata (que significa homicídio por engano) estará sujeito a pagar o diyat”.
Khurram Shahzad Maan, diretor executivo da Organização de Assistência Jurídica, uma afiliada do Centro Europeu de Direito e Justiça, disse à Portas Abertas que o governo do Paquistão revisa o montante fixado para o diyat a cada ano. "Este ano está fixado em 1.935.594 rúpias (cerca de 60 mil reais). No entanto, a família dele recebeu três milhões de rúpias paquistanesas", disse ele. Em 14 de março, o Juiz do Tribunal de Sessões, Aarif Mahmood Khan, aceitou essa troca como legal sob a lei paquistanesa e absolveu todos os seis homens da acusação de homicídio.
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