Portas Abertas • 11 mar 2015
Desde julho de 2013, após o presidente Mohamed Morsi ter sido deposto, uma campanha de segurança sem precedentes está ocorrendo na conturbada parte norte da Península contra grupos radicais islâmicos, que mataram centenas de soldados do exército e da polícia em vários ataques.
""Cristãos do Sinai ainda estão pagando a conta da deposição do ex-presidente, com sequestros, assassinatos, destruição e incêndio de suas casas e igrejas "", dizia um comunicado divulgado pela coalizão.
O grupo paramilitar Bayt al-Maqdis, com base no Sinai, proclamou recentemente a tomada do Estado do Sinai e lançou vídeos de seus ataques e execuções de membros do exército e de civis que eles acusaram de conluio com o exército egípcio ou israelense. Em novembro de 2014, o grupo prometeu lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI), que controla vastas faixas na Síria e no Iraque.
O vídeo de execução dos 21 cristãos do Egito também afetou negativamente as famílias cristãs que residem na Península. Os moradores da região têm medo de revelar seus nomes ou identidades para qualquer pessoa, até mesmo aos membros da Coalizão.
Também há notícias de mais dois cristãos mortos e de casas incendiadas na região e outros rumores de ataques já agendados circulam entre os moradores do Sinai, o que aumenta o temor e as fugas de famílias cristãs do local, se dirigindo ao Cairo e a outras regiões do Egito. Até agora, são contadas cerca de 250 famílias ainda no Norte do Sinais, que se dirigem às autoridades egípcias, pedindo apoio contra esses ataques, afirmando que “a intenção dos grupos radicais é de constranger o Estado e abrir uma brecha sectária entre cristãos e muçulmanos”.
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