Portas Abertas • 4 out 2020
Todas as reuniãos de cristãos, que não foram autorizadas pelo governo chinês, são consideradas ilegais
A perseguição aos cristãos na China está cada vez mais acirrada. Agora, as autoridades do Escritório de Assuntos Étnicos e Religiosos do condado de Gushi anunciaram uma campanha para recompensar as pessoas que denunciassem atividades religiosas "ilegais". Cada foto ou vídeo que provem a desobediência vale o equivalente a 72,80 dólares.
Como consequência, a igreja doméstica de Gushi foi acusada de organizar evento religioso sem aprovação do Estado. A denúncia resultou no confisco de propriedades pessoais e da instituição. Além disso, o pastor e a esposa dele foram levados para a delegacia. Em agosto, um acampamento cristão em Henan foi interrompido quando funcionários do governo invadiram o local e determinaram que as atividades que estavam acontecendo eram ilegais.
Tecnologia aliada na perseguição
De acordo com site britânico Comparitech, a China abriga 18 das 20 cidades mais monitoradas do mundo. Além disso, mais da metade das câmeras de vigilância do planeta estão em uso no território. “À medida que a rede de vigilância fica mais apertada, os cristãos - particularmente aqueles pertencentes a igrejas não registradas - terão muito mais dificuldade de se reunir, mesmo em pequenos grupos, não importa se digitalmente ou no mundo real”, diz Thomas Muller, analista de perseguição da Portas Abertas.
Há tempos, a organização internacional alertou que o aumento da vigilância digital, incluindo o uso de tecnologia biométrica e inteligência artificial, colocaria mais pressão sobre os cristãos chineses. Esses novos meios de controle social mantêm a opressão comunista e pós-comunista e paranoia ditatorial no país, que ocupa a 23ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2020.
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