Portas Abertas • 8 out 2020
As igrejas que se negam a se submeter ao governo comunista são perseguidas e interditadas em Cuba (foto representativa)
Todas as reuniões da igreja Jeová Shalom passaram a ser ao ar livre, desde que as autoridades cubanas interditaram o prédio religioso. Os cristãos da cidade de Holguin começaram a ser perseguidos em 2019, mas foi em julho de 2020 que a situação piorou. Os pastores Uberney Aguilar e Yalina Proenza foram ameaçados em seis ocasiões pelo governo e por integrantes do Partido Comunista.
De acordo com o site de notícias Evangelical Focus, os líderes cristãos não tiveram oportunidade de argumentar, nem negociar. “Em vez disso, foi um fechamento retumbante, arbitrário e sem qualquer solução”, explicaram os pastores em entrevista. Há suspeita de que a perseguição à igreja está sendo realizada por um alto funcionário do Partido Comunista que se mudou para o bairro há dois anos.
Os 60 membros da igreja, credenciada às Assembleias de Deus em Cuba, começaram a se reunir em 2017. No ano passado, solicitaram uma permissão para usar uma propriedade de um cristão como sede. Mas, apenas em julho de 2020, eles receberam a resposta negativa. A situação das igrejas cristãs cubanas depende de como elas se submetem e obedecem às ordens do governo.
Fé submissa ao governo
Enquanto um prédio religioso foi fechado, uma nova igreja católica foi inaugurada em San Benito del Crucero, na província de Santiago de Cuba. O local de adoração original estava fechado desde 1951, antes da Revolução Cubana. Segundo o líder cristão Juventino Rodríguez, a nova igreja é um “pequeno milagre”. “Depois de receber permissão do governo, a construção foi realizada com o apoio financeiro de cristãos cubanos que viviam nos Estados Unidos”, explica uma analista de perseguição da Portas Abertas.
As relações do governo com as igrejas católicas de Cuba têm melhorado, mas os protestantes ainda enfrentam grande hostilidade no país. “Muitas das igrejas pertencem à Aliança Evangélica, uma organização que ainda não recebeu aprovação oficial, justamente porque contradiz o governo”, completa a colaboradora.
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