Portas Abertas • 2 jan 2018
O governo comunista quer fidelidade total
Em várias partes da China, houve relatos de que estudantes e membros de partidos foram proibidos de celebrar o Natal. As autoridades da cidade de Hengyang, na província de Hunan, anunciaram a proibição de que membros do partido comunista celebrassem o Natal. No interior da Mongólia, uma escola também proibiu os alunos de comemorar a data. Na cidade de Shenyang, a proibição partiu de uma universidade. No centro de Chongqing, um grande grupo de policiais se posicionou nas ruas para evitar qualquer celebração natalina. No período das festas, artigos foram postados na internet e redes sociais, provavelmente pelas autoridades, promovendo a ideologia comunista.
Tudo isso parece estar de acordo com a decisão do presidente Xi Jinping, no 19º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês, realizado em novembro de 2017, de promover agressivamente a ideologia comunista. É provável que autoridades locais que anunciaram as proibições estejam tentando agradar o governo federal. O Natal é uma festa cristã e o cristianismo é rejeitado na China por ser visto como uma infiltração estrangeira.
Alguns chineses disseram que as proibições não eram um fato novo, pois já haviam acontecido em anos anteriores. Mas ficavam restritas a cidades onde o governo era mais ligado à ideologia comunista, chamando pouca atenção. Em muitos lugares da China, o Natal era celebrado por cristãos e não-cristãos, pois era uma boa oportunidade de fazer negócios. Igrejas também aproveitavam para evangelizar e algumas até colocavam luzes em prédios. Por exemplo, na cidade de Shenzhen, no sul do país, houve luzes num prédio alto com os dizeres: “Jesus te ama. Lembre-se de ir à igreja”. A foto desse prédio assim decorado foi amplamente divulgada nas redes sociais, mas foi retirada alguns dias depois.
Para alguns chineses, a geração mais velha está mais adaptada à ideologia comunista e tende a concordar com as restrições. Mas, segundo eles, o pensamento comunista tem pouca influência sobre as novas gerações, que são mais afetadas pelo materialismo, e ligadas a jogos eletrônicos e celulares. Contudo, o surgimento de uma forte ideologia comunista seria um obstáculo para a evangelização dos jovens.
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