Portas Abertas • 9 mai 2016
De acordo com informações da BBC News, no dia 25 de abril, a Arábia Saudita lançou um ambicioso plano para reduzir a sua dependência do petróleo. No ano passado, cerca de 70% das receitas do reino saudita foram provenientes da indústria petrolífera. O The Guardian citou declarações de especialistas no ramo que afirmaram que o plano foi apelidado de ""Visão Arábia 2030"", e que ele está centrado não apenas na economia do país, mas também tem a pretensão de criar uma sociedade que se destaca e que vive somente dos valores islâmicos, conforme mencionou o jornal Arab News. A estratégia dos sauditas, de acordo com a BBC News, é criar o maior fundo soberano do mundo, com recursos de US$ 2 trilhões, mais do que o dobro do maior fundo de investimentos estatal existente hoje, o da Noruega, com US$ 865 milhões. Para que o fundo soberano saudita, hoje com US$ 160 bilhões, alcance os US$ 2 trilhões, Riade (capital do país) planeja uma ação inédita: privatizar 5% das ações da petroleira estatal Saudi Aramco. ""Para modernizar uma nação é preciso ir além das reformas econômicas, é necessário que haja muitas reformas sociais, incluindo a melhoria dos direitos humanos, da situação das mulheres e também das minorias religiosas, entre elas xiitas e cristãos. No caso das mulheres, apesar do aumento da participação delas no mercado de trabalho, ainda sequer é permitido que conduzam automóveis, por exemplo"", comenta um dos analistas de perseguição. ""O reino saudita se orgulha muito de sua identidade islâmica e também pelo fato de liderar o mundo muçulmano. Mas a comunidade internacional critica severamente essa nação por suas punições bárbaras, açoitamentos, amputação de mãos e suas decapitações feitas em público. O presidente dos EUA, Barack Obama visitou o país recentemente e discutiu a situação dos direitos humanos com seus líderes. A resposta foi simplesmente que estas são as punições islâmicas e que nenhuma mudança deve ser esperada nesse sentido"", explica o analista. A
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