Portas Abertas • 11 mai 2017
Peter Pogu está muito feliz. Ele recebeu a notícia que a filha, uma das alunas da escola de Chibok, raptada pelo Boko Haram em 2014, está entre o último grupo de 82 meninas que foram libertadas. ""Quando isso aconteceu, todos os meus filhos choraram por ela. Sua mãe e eu também ficamos muito tristes e abalados. Derramamos tantas lágrimas por causa da Grace e tivemos nossos corações partidos"", disse. Durante esses anos, após o sequestro, Peter ainda não conseguia parar de chorar, sempre que se lembrava da filha. Mas ele nunca desistiu de vê-la novamente. No último fim de semana, sentiu finalmente que suas orações foram respondidas, Grace voltou. As negociações foram longas e envolveu militares nigerianos, um grupo suíço e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. As meninas foram libertadas em troca de um número não revelado de comandantes do Boko Haram capturados pelo governo. A troca ocorreu em Banki, estado de Borno, e de lá as garotas foram conduzidas até Abuja, capital da Nigéria. O governo enviou uma lista com os nomes delas através das redes sociais, mas muitos pais não têm acesso à internet. Muitos preferiram ir até lá pessoalmente para conferir. Apenas uma delas chegou com um bebê de dois anos, nos braços. Infelizmente, algumas das meninas vão receber a notícia de que 23 pais morreram desde que elas foram raptadas. A assessoria de imprensa do governo disse à mídia que ""o presidente prometeu fornecer a elas o necessário para reintegrá-las à sociedade e irá supervisionar as reabilitações pessoalmente"". Segundo a representante da UNICEF na Nigéria, ""elas enfrentarão agora um longo e difícil processo para reconstruir suas vidas, depois dos traumas a que foram expostas nas mãos do grupo extremista"", observou Pernille Ironside. O pai de Grace contou sobre o sequestro da filha, em um vídeo da Portas Abertas. Assista: Continue orando pelas meninas de Chibok. *Nome alterado por motivos de segurança. Leia também
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