Portas Abertas • 30 mai 2004
Naima é uma muçulmana convertida. Quando ela compartilha a respeito de sua conversão, sempre principia dizendo: O Senhor nos escolheu. Ela explica como aconteceu.
Na minha família, meu pai era o mais interessado no cristianismo. Há uns quinze anos atrás, ele encontrou duas senhoras européias. Elas não tiveram receio em falar sobre Jesus, mas meu pai começou a fazer perguntas. Quando ele era jovem, viu um filme com Jesus na cruz. Ele perguntou: Isto está escrito na Bíblia? Porquê não leio isto no Alcorão? As senhoras explicaram, mas como elas não falavam árabe, isto não ficou muito claro para ele. Elas deram a ele uma Bíblia em árabe. Meu pai lia partes dela depois do jantar. Um dia, ao tirar uma soneca, ele viu Jesus em sonho, todo radiante. Jesus disse: Você me conhece? e meu pai respondeu: Sim, você é Jesus. Quando ele despertou, juntou toda a família. Embora ele ainda não compreendesse tudo sobre a Bíblia, ele veio à fé naquele dia.
Um dia, em 1990, eu estava lendo uma revista cristã. Um dos autores se dirigiu diretamente ao leitor. Ele escreveu sobre pecado e como Jesus havia morrido por isto. Eu comecei a chorar e entreguei minha vida a Jesus. No mesmo dia eu vi minha irmã chorando. A mesma coisa havia acontecido a ela. Exceto pela minha mãe, toda a minha família se converteu naquele dia. Minha mãe se tornou cristã um pouco depois.
Meu namorado trabalhava num país vizinho naquela época. Eu escrevi cartas a ele para explicar sobre Jesus. Ele também recebeu literatura cristã de cristãos coreanos e abraçou a fé. Quando ele retornou após dois anos, nos casamos.
Juntos temos atravessado tempos difíceis. Uma vez fomos presos pela polícia. No posto policial eu realmente não pensei quando tive de responder às perguntas. Eu simplesmente testemunhei que era uma cristã e não uma muçulmana. Jesus me deixou claro: Não tenha medo. Faça sua parte e Eu farei o resto.
Satanás nos golpeia, mas somente por pouco tempo. Não temos mais medo das autoridades. Elas sabem sobre nós e não nos incomodam. Vivemos uma vida cristã num país muçulmano e as pessoas vêem que somos diferentes. O mais importante é que as orações continuam. Somos agradecidos porque muitas pessoas oram por nós. Nós cremos que grandes coisas estão por acontecer.
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