Portas Abertas • 28 abr 2004
Nossa equipe foi recebida calorosamente por três colaboradores no aeroporto regional. Tínhamos centenas de quilômetros a percorrer, por isso fomos levados às pressas para um furgão. A primeira parada daquele dia era a algumas horas, numa cidade em desenvolvimento na província de Yunnan, onde o Irmão John, um dos nossos três anfitriões, havia começado um programa evangelístico alguns meses antes.
À medida que o furgão vagava pelas sinuosas estradas montanhosas, foi-nos dado um rápido comentário sobre os povos minoritários que predominam nestas regiões. Passamos por muitos vilarejos dos Tai Mao e suas fazendas bem cultivadas; de vez em quanto passávamos por mulheres com as faixas típicas ao redor da cabeça e quase que parecendo um turbante, pretas para as mulheres mais velhas, e rosa ou de cores mais vivas para as mais jovens.
Não demorou muito para chegarmos à cidade L., com prédios de dois a três andares nitidamente alinhados às estradas principais. As pessoas deste lugar têm uma certa suspeita com relação a estrangeiros, orientou-nos o Irmão John, mas nós estaríamos seguros se ficássemos perto deles e nãos ofendêssemos as pessoas da cidade tirando fotos à vontade. (eles se recusam mesmo quando o pedido é feito educadamente). Depois de uma refeição rápida de macarrão local, seguimos nossos anfitriões para um prédio particular, três lances de escada, e nos encontramos no que pareceu ser a área de uma cozinha simples e um aposento modestamente mobiliado com uma pequena cômoda e duas camas de solteiro. Essa era a casa do Irmão John. Ele começou a compartilhar conosco o que é ser um evangelista nesta cidade.
Depois que me formei na escola bíblica, além da fronteira em Mianmar, comecei o trabalho de evangelização aqui em junho de 2003. Eu sou o único obreiro cristão nesta cidade de vinte a trinta mil habitantes. Eles são, em sua maioria, budistas. Este é um terreno duro. Depois de seis meses de semeadura, somente uma família veio ao Senhor.
Perdi muito do meu tempo andando por aí e tentando fazer amizade com as pessoas locais. Como vocês viram, eles não são muito amigáveis e nem abertos com pessoas de fora. Por isso eu preciso ganhar a confiança e a aceitação deles vagarosamente. Como homem solteiro, isso pode às vezes tornar difícil a mim penetrar no cenário familiar.
Além da evangelização aqui, também viajo para visitar e ministrar a outras famílias cristãs distantes, que vivem em áreas montanhosas da periferia. Em algumas localidades pode haver apenas uma família, enquanto em outras pode haver de duas a cinco, todas espalhadas, o que as impede de se juntarem para terem comunhão. Visitas como essas levam dias devido ao pobre sistema de transporte público e também às distâncias que tenho de andar para chegar a essas famílias.
No momento não há perseguição do Estado, porque eu trabalho com a compreensão do pastor da igreja oficial local, um crente com uma grande responsabilidade de ver o evangelho pregado a muitos povos minoritários que se encontram nesta região. Mas encontramos grande resistência espiritual no coração das pessoas que tentamos alcançar. Sem o apoio e encorajamento de dois bons amigos, eu acharia ainda mais difícil perseverar.
Portanto, pedimos as orações de vocês para que Deus quebre as barreiras do coração do povo, para que o evangelho penetre este lugar de trevas.
Por favor, ore:
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