Portas Abertas • 21 jan 2018
O governo comunista aperta o cerco contra a Igreja na China
Semana passada publicamos sobre a demolição da mega igreja na China, Golden Lampstand, ocorrida no dia 9 de janeiro. Como informamos, essa não foi a primeira vez que a igreja teve enfrentamentos com o governo. Quando recém-construída, em 2009, o governo local pediu a posse da igreja, que havia sido construída em um terreno doado por um cristão. Como a igreja se recusou, e entrou com uma petição contra o governo, houve um sério conflito entre 400 oficiais do governo e os membros, que foram agredidos. O incidente resultou na prisão de vários líderes da igreja e da pastora, Yang Rongli, que foram condenados a longos anos de prisão por “ocupação ilegal de propriedade” e “atrapalhar a ordem do trânsito quando se reuniam”. Yang Rongli foi a última a ser libertada, em 2016.
Alguns analistas dizem que o fato de a demolição da igreja ter sido publicada no dia seguinte pelo Global Times (mídia on-line do governo) evidencia que o incidente foi apoiado por níveis mais altos do governo, não apenas pela administração local. Como uma revisão da lei de religião deve ser implementada a partir de 1 de fevereiro, acredita-se que o episódio tenha sido um alerta a outras igrejas. Por isso o alvo foi uma igreja grande, muito conhecida, que já havia apresentado uma petição, com conexões com a mídia estrangeira e organizações de direitos humanos – todas características que vão além dos limites impostos pelo governo. Hoje, em que é comemorado o Dia Mundial da Religião, é importante lembrarmos como um país de relevância mundial como a China ainda persegue os cristãos, que fortemente resistem a toda pressão.
A nova regulação religiosa implicará em restrições sobre locais de culto, atividades religiosas, educação religiosa, doações, assim como envolvimento de grupos estrangeiros em atividades religiosas locais. Líderes de igrejas locais estão se preparando para as mudanças na lei e, no caso de suas igrejas serem suprimidas, pretendem dividir a congregação em grupos menores e até mesmo se reunir nas casas dos membros. Outras igrejas sem registro foram avisadas por autoridades locais a não reunirem mais de cem pessoas. Mas igrejas com esse número de membros são comuns na China e alguns líderes estão dispostos a negociar com as autoridades ao invés de simplesmente ceder às restrições impostas.
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