Portas Abertas • 22 nov 2017
O príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, teria anunciado planos para restaurar e reabrir uma igreja de 900 anos como "presente" ao líder cristão libanês, Bechara Boutros al-Rai, que visita o país. A igreja deve ser usada como um centro de diálogo inter-religioso, de acordo com a agência de notícias Fides. Bechara esteve na Arábia Saudita apesar das tensões entre os dois países após a demissão do primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, em Riade, no dia 4 de novembro.
De acordo com o jornal Alrai, do Kuwait, a visita do líder revela uma "nova Arábia Saudita", onde "o diálogo entre civilizações e religiões, entre muçulmanos e cristãos" pode ocorrer. As visitas dos líderes da igreja à Arábia Saudita sempre foram muito raras. O país é conhecido por sua interpretação conservadora do islamismo, embora a monarquia pareça estar mudando isso.
A situação atual
Atualmente, não há igrejas oficiais na Arábia Saudita e os milhares de cristãos que trabalham têm que viver "como pessoas neutras ou como muçulmanos", disse o cristão libanês, Danny Nasrallah, ao New York Times. "Se sentir vontade de orar, você tem que orar em seu coração", disse ele. Nasrallah disse que o encontro do patriarca com o rei Salman e o herdeiro do trono foi "um bom presságio para onde o Reino está indo".
No entanto, outros alertaram que este "presente" não deve desviar a atenção e perder de vista o papel essencial da Arábia Saudita no conflito no Iêmen, em que civis enfrentam o peso da violência. "Foi chocante ver o impacto terrível desse conflito criado pelo homem. Na ausência de progressos substanciais, a situação piorará. O sofrimento humano, já extremo, continuará crescendo", disse Mark Lowcock, secretario geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários.
Pedidos de Oração
• Coloque diante de Deus os cristãos sauditas. Que Deus os proteja e os fortaleça a cada dia.
• Agradeça a Deus por esse avanço de paz no país. Peça a ele para guiar os líderes e as autoridades.
• Ore pelo fim dos conflitos entre a Arábia Saudita e outros países, onde civis sofrem por causa da guerra.
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