Portas Abertas • 17 nov 2020
Pelo menos 20 mil cidadãos da Etiópia teriam fugido para o Sudão desde o início dos conflitos
Desde o início de novembro, a região de Tigré, ao norte da Etiópia, tem enfrentado diversas tensões violentas, resultando na morte de muitos cidadãos. Na noite de 9 de novembro, os conflitos se intensificaram na cidade de Mai Kadra, sudoeste do território. Segundo dados da Anistia Internacional, dezenas de pessoas foram feridas e mortas.
A disputa em Tigré teve início do dia 4 de novembro, quando o primeiro-ministro Abiy Ahmed ordenou uma ofensiva à região, alegando que a população local tinha atacado uma base militar. Os moradores da região, por sua vez, afirmam que essas acusações são falsas e que foi o governo federal quem começou a briga. A ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, aponta que pelo menos 20 mil etíopes fugiram para o Sudão desde o início do mês devido aos conflitos.
Em 14 de setembro, as forças de Tigré dispararam foguetes na Eritreia. O líder da região etíope confirmou o disparo e justificou que militares eritreus foram enviados para participar de uma guerra em larga escala na Etiópia. Pelo menos três foguetes foram apontados para o aeroporto de Asmara, capital da Eritreia, após o governo regional de Tigré advertir que poderia atacar o país.
As linhas telefônicas e a internet da região de Tigré estão desligadas e tem sido difícil obter informações sobre os cristãos na região. A Etiópia ocupa o 39º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020 como um dos países onde a hostilidade contra os seguidores de Jesus acontece principalmente por parte de grupos jihadistas.
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