Portas Abertas • 16 mar 2016
De acordo com informações do jornal Malay, o filho do Dr. M, como é conhecido o ex-primeiro-ministro da Malásia, Mukhriz Mahathir, foi demitido do cargo de ministro-chefe do estado de Kedah. Uma semana depois, a UCA News divulgou que o tribunal federal tomou uma decisão estranha sobre um caso de divórcio. ""O casal hindu tinha dois filhos. O pai se converteu ao islã, sequestrou as crianças e as converteu também, sem o consentimento da mãe. Logo após, veio o divórcio e o pai ganhou a custódia dos filhos. A mãe recorreu e agora o tribunal decidiu dividir a guarda, deixando o menino com o pai e a menina com a mãe"", comenta um dos analistas de perseguição.
Segundo ele, a expulsão do filho do ex-primeiro-ministro mostra como o governo perdeu o controle. Apesar de vários escândalos políticos, o Dr. M e seu filho representavam a oposição, agora, porém, Najib Razak é a principal figura do poder na política da Malásia. ""Ele é bom para os islâmicos, mas uma péssima presença para todas as minorias religiosas, em especial a cristã. O caso do pai islâmico mostra claramente como foi fácil ‘agir contra a lei’, como os próprios advogados protestaram. Não houve imparcialidade alguma, a justiça simplesmente favoreceu o islã e não havia ninguém para protestar. O filho do Dr. M vai fazer muita falta a partir de agora e os cristãos, provavelmente, vão se deparar com muitos julgamentos injustos"", observa o analista.
A
Malásia, que está na 30ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa deste ano, está vivendo um momento revolucionário. Enquanto o cristianismo cresce rapidamente, aumentando o número de convertidos no país, principalmente entre os jovens, a sharia tem se espalhado e se infiltrado na política malaia, ameaçando a liberdade de religião. Existem três tipos de cristianismo no país e todos são afetados pela perseguição: os membros das igrejas históricas, das igrejas protestantes não tradicionais e cristãos convertidos do islamismo. Os últimos enfrentam forte pressão de seus familiares, amigos e vizinhos. Dadas as crescentes restrições impostas pelo governo sobre as igrejas locais e os novos cristãos, a Portas Abertas ajuda em oração e pede que cristãos de todo o mundo orem pelos malaios.
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