Portas Abertas • 12 nov 2020
Os ataques por parte dos extremistas têm aumentado em Moçambique (foto representativa)
Os ataques extremistas aumentaram em Moçambique. No incidente mais recente, em 6 de novembro, jihadistas tiveram como alvo a vila de Nanjaba, ao norte do país. Eles chegaram ao local durante a noite e, aos gritos de “Alá é o maior”, queimaram casas. Uma testemunha disse ao portal americano Mediafax que “não sobrou nada em Nanjaba”.
Nesse ataque, os agressores decapitaram duas pessoas e sequestraram seis mulheres. Quando voltaram para o acampamento na área costeira, eles também atacaram a aldeia Napala, onde queimaram cabanas e assassinaram mais três pessoas. Esse foi o segundo ataque no vilarejo, de acordo com o jornal de notícias australiano Special Broadcasting Service (SBS, da sigla em inglês). De acordo com o Mediafax, não houve tentativa de contingência por parte das forças de segurança do país.
Grupos extremistas também invadiram o distrito de Muidumbe, ocupando várias aldeias da região desde o dia primeiro de novembro. Um relato de moradores locais contou que pelo menos 50 pessoas foram brutalmente assassinadas e decapitadas no último final de semana. Em um comunicado no dia 10 de novembro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar "chocado" com os relatos do distrito de Muidumbe, que incluíam ataques a mulheres e crianças, e pediu a Moçambique que montasse uma investigação imediata.
O caso no início de novembro foi apenas um episódio de um conflito brutal que aconteceu em Cabo Delgado, uma província do Norte de Moçambique. As ações de extremistas que prometem fidelidade ao Estado Islâmico cresceram em 2020, tomando território e intensificando ataques brutais contra civis, que muitas vezes envolvem decapitações.
Embora os cristãos não sejam diretamente alvos nesses incidentes específicos, houve ataques crescentes contra cristãos e igrejas nos últimos meses, o que está causando muito medo entre os cristãos.